Rodolpho Bernardelli, um perfil do homem e do artista segundo a visão de seus contemporâneos
Suely de Godoy Weisz (*)
WEISZ, Suely de Godoy . Rodolpho Bernardelli, um perfil do homem e do artista segundo a visão de seus contemporâneos. 19&20, Rio de Janeiro, v. II, n. 4, out. 2007. Disponível em: <http://www.dezenovevinte.net/artistas/rb_sgw.htm>.
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José Maria Rodolpho Oscar Bernardelli nasceu em 1852, no México, onde viveu por poucos anos. Filho de pais artistas, ela bailarina e ele violinista, teve uma infância agitada causada pelas constantes mudanças da família. Primeiro, dos 4 filhos do casal, acompanhou os pais por um longo périplo que começou no México, passou por uma ilha no Pacífico seguindo, anos depois, para o Chile onde nasceria Henrique, seu irmão e amigo inseparável por toda a vida [Figura 1]. Tempos mais tarde fariam a travessia dos Andes, com destino ao Rio Grande do Sul.
De São Pedro a família Bernardelli transferiu-se para Porto Alegre, onde um convite do Imperador D. Pedro II os trouxe ao Rio de Janeiro. A Corte ofereceria melhores condições de vida a esses incansáveis viajantes. Os pais tornaram-se preceptores das princesas imperiais, enquanto os filhos dedicavam-se aos estudos. Rodolpho tinha na época 14 anos e já sentia grande atração pela arte. Seu interesse pela escultura era demonstrado pela curiosidade com que assistia às aulas do professor Chaves Pinheiro. Diariamente, utilizando-se de “pernas de pau”, o garoto observava o trabalho do mestre através das janelas do atelier. Sua persistência levou o professor a se interessar por ele e em pouco tempo era convidado a participar das aulas. O próximo passo foi o ingresso na Academia Imperial de Belas Artes.
Por todo o período em que freqüentou a Academia como aluno Rodolpho se destacou pela sua dedicação e, em pouco tempo, sua produção escultórica já começava a ser representativa. É grande a relação de bustos, retratos, medalhões e alguns trabalhos em vulto redondo, assim como são numerosas as premiações. Em 1876 ganhou o ambicionado Prêmio de Viagem, oferecido pela Academia ao melhor trabalho de aluno. Só foi possível recebê-lo porque, dois anos antes, ele havia requerido a nacionalidade brasileira, fator indispensável para concorrer ao prêmio.
Um manuscrito de Bernardelli[1], com suas anotações de viagem, nos oferece a rara oportunidade de conhecer os sentimentos e as impressões do escultor frente à arte de seu tempo. Ali ele relata que encontrou a arte francesa em estado latente de transição, com a escola Romântica quase morta e o Realismo começando sua dominação no espírito dos novos. Carpeaux havia morrido e nada ou quase nada havia de novo em matéria de evolução artística da escultura. Filho de uma academia cuja base tinha sido a tradição antropomórfica, tudo isso “devia produzir no cérebro de um moço de 24 anos grande abalo”. Assim, foi que chegando a Paris em 1876, “a arte contemporânea não influiu no espírito - eram obras sem vida”, desabafou ele. Decepcionado com o Institute de France e triste por ver que seu “ideal de arte estava fora de época”, Bernardelli decidiu-se pelos estudos na Itália.
A opção por Roma, ao invés de Paris como era de praxe entre os estudantes brasileiros, é em parte explicada nas anotações acima. Recém saído de uma Academia ultrapassada, como ele mesmo reconhece, deveria ser-lhe difícil compreender e acompanhar as transformações por que passava a escultura francesa da época. A Itália, ao mesmo tempo em que lhe ofereceria a oportunidade de estudar as obras clássicas, com o qual ele tinha maior afinidade, lhe proporcionaria o contato com o verismo, corrente naturalista e detalhista que adotaria em diversos momentos de seu trabalho. Nesse particular, sofreu certa influência de seus mestres italianos, os irmãos Giulio e Achilles Monteverde, com quem aprendeu a trabalhar o mármore[2].
Como pensionista do governo, ele tinha o compromisso de enviar, duas vezes por ano, trabalhos para serem julgados por uma comissão da Academia Imperial de Belas Artes. Esses trabalhos tanto podiam ser da livre escolha do aluno como encomendas da própria Academia. A intenção era verificar os progressos do pensionista ao mesmo tempo em que as obras serviriam para formar o acervo da escola. Por ocasião do envio de uma série de trabalhos, incluindo o Santo Estevão e a Faceira, o parecer da sessão de novembro de 1880, assinado pelo secretário J. Maximiano Mafra e pelo professor Chaves Pinheiro, dizia o seguinte:
Sente a secção d’Escultura que o pensionista Rodolpho Bernardelli tivesse preferido em todos os trabalhos acima analysados, o estylo moderno ao antigo, a escola realista à grande e bella escola idealista, única capaz de produzir estatuas como o Appolo do Belvedere e a Venus de Milo.....Mas reconhecem o constante e gradual progresso do pensionista e a louvável aplicação ao trabalho[3].
Por esta avaliação nota-se o quanto a Academia ainda estava presa ao antigo e tradicional gosto neoclássico. Qualquer trabalho que fugisse ao padrão estabelecido corria o risco de não ser aceito e era uma ameaça à permanência do pensionista no exterior. Ciente das regras, Bernardelli dedica-se a copiar em mármore a Vênus de Medicis, por encomenda da Congregação, enquanto aguarda a permissão para executar a composição Cristo e a mulher adúltera, cujo esboço havia enviado para aprovação. Ainda por encomenda realizaria a cópia da Vênus Calipígia, também em mármore, e que atenderia plenamente às exigências. A propósito dos pareceres da comissão, Rodolpho Amoedo escreveu a Bernardelli aconselhando-o a não dar ouvidos às críticas da Academia e a continuar fazendo aquilo que achava que era o melhor, “porque aquilo está por um fio”, “é uma questão de tempo, não tardará muito, espero, a desmoronar”.[4]
Durante 9 anos Bernardelli viveu na Itália, voltando ao Brasil em 1885. Neste mesmo ano foi nomeado professor de estatuária na Academia, em substituição a Chaves Pinheiro que estivera guardando o lugar para o discípulo dileto até o momento de sua aposentadoria, no ano anterior.[5] Chegava vitorioso, contava com a simpatia da Família Imperial e já era um artista reconhecido. Como maior nome da escultura nacional passa a receber uma série de encomendas, incluindo alguns monumentos de grande porte.
No atelier da rua da Relação, um galpão construído num terreno que havia recebido do governo, Bernardelli vivia e trabalhava. Ali executaria grande parte de sua obra, inclusive os monumentos eqüestres de Osório e de Caxias. Também recebia os amigos, uma roda formada por literatos, jornalistas, políticos ocupando altos postos, artistas, nomes que formavam a sociedade culta da época e muitos dos quais foram retratados pelo artista, como se pode ver pela coleção do Museu Nacional de Belas Artes.
Figura miúda, rosto avermelhado contornado por uma barbicha bem desenhada, personalidade calma, comedida, homem que nunca levantava a voz mas que impunha respeito, severo e ao mesmo tempo dotado de fina ironia, atencioso e íntegro, dono de grande magnetismo pessoal, são algumas das qualidades ressaltadas pelos biógrafos que o conheceram e privaram de seu convívio. Foi amado, respeitado e até mesmo reverenciado por uma grande legião de amigos, homens como Benjamim Constant, Quintino Bocayuva, Olavo Bilac, Machado de Assis, Aluízio e Arthur de Azevedo, Raul Pompéia, Leopoldo Miguez, Zeferino da Costa, Angelo Agostini, Pereira Passos [Figura 2] e Paulo de Frontin. Nomes que estão entre os mais significativos da época e que, ou freqüentavam o atelier com assiduidade ou mantinham ativa correspondência com o artista. Esta correspondência, guardada pelos irmãos Bernardelli durante toda uma vida e que hoje se encontra sob guarda do Museu Nacional de Belas Artes, é o testemunho desta admiração.
Admiração não compartilhada por outros que acusavam Bernardelli de ser extremamente vaidoso (sempre se utilizando de subterfúgios para aparecer). Era visto ainda como autoritário, prepotente e sobretudo ingrato, além de artista medíocre. Estas críticas, muitas vezes, partiram de antigos amigos, principalmente de colegas de trabalho que, em algum momento da vida de Bernardelli, o ajudaram e que mais tarde foram afastados de seus postos quando este assumiu a direção da Escola Nacional de Belas Artes. Eram professores como Victor Meirelles e José Maximiano Mafra que tiveram que deixar a Escola ou artistas como Antonio Parreiras, Benevenuto Berna, Facchinetti, Décio Vilares, entre vinte e sete outros, que chegaram mesmo a fazer um abaixo assinado discordando de sua direção[6]. Dentre as críticas, talvez a mais contundente seja justamente a de um ex-amigo que foi íntimo durante 30 anos, Modesto Brocos. Contidas em seu livro, “A questão do ensino de Bellas Artes”, as críticas eram dirigidas ao diretor da escola, ao artista e ao homem, retratando-o como “uma sereia que teve o dom de enganar a todos”, “um diretor que governava a Escola como um fazendeiro governa sua fazenda” e “um artista que tem enganado o público”[7].
Não entrando no mérito da questão, principalmente por não ser nosso objetivo analisar sua atuação à frente da Escola e muito menos o caráter do artista, o que cabe aqui registrar é o fato de que Bernardelli, apesar de não ser uma unanimidade em seu tempo, era uma espécie de “artista oficial ”. O próprio Brocos, que faz um depoimento carregado de mágoa, analisando o contexto artístico da cidade à época da volta de Bernardelli, mostra que o ambiente lhe era inteiramente favorável. Neste texto ele diz que Bernardelli foi abençoado pela deusa fortuna quando voltou ao Brasil pois, o país estava em paz, no Rio os artistas já estavam velhos e os projetos de arte só estavam à espera de alguém que viesse por as mãos sobre eles. O único que poderia lhe fazer concorrência, Almeida Reis, viria a falecer pouco depois. Portanto, não tendo obstáculos, pode percorrer seu caminho sem contrariedades.
São digno de registro a habilidade política de Bernardelli e o fascínio que exercia sobre as pessoas, características que nem mesmo seus críticos negavam. Monarquista e admirador do Imperador, foi por ele agraciado com amizade e proteção. Com o fim da Monarquia, num gesto de solidariedade para com a família Imperial, deixou a cadeira de estatuária que ocupava na Academia Imperial de Belas Artes. Com a República, voltou ao mesmo posto, a pedido do amigo Benjamim Constant, e passou a fazer parte da comissão destinada a estudar e propor a reforma do ensino artístico. A proposta, 1889 - Reforma da Academia-República, resultaria, entre outras inovações, na transformação da Academia em Escola Nacional de Belas Artes. No ano seguinte seria nomeado seu diretor, cargo que ocuparia por 25 anos. O bom relacionamento com as pessoas influentes do novo regime seria de eficaz importância na implantação das reformas, mais tarde na construção da sede da Escola e, evidentemente, na manutenção do cargo.
Um rápido exame nos jornais da época nos oferece uma visão de seu prestígio. Por ocasião da inauguração do monumento a Osório foi-lhe oferecido um banquete de adesões, organizado por uma comissão composta por senadores, deputados e jornalistas e patrocinado pela Gazeta de Notícias, que reuniu um número significativo dos nomes mais expressivos da sociedade. Até mesmo o Presidente da República se fez representar. Era comum os periódicos trazerem versos em sua homenagem,[8] como também o debate entre dois ou até mais articulistas de jornais diferentes, que através de artigos de primeira página promoviam uma acirrada polêmica a respeito do artista ou de sua obra. Na coluna Folhetim do Jornal do Brasil, o Conde Carlos de Laet, escritor e engenheiro conhecido pela integridade de seu caráter, utilizando o pseudônimo Cosme Peixoto, criticava Bernardelli tanto como diretor da escola, quanto como professor e artista . Em sua defesa acorreram diversos jornalistas. Entre esses, Lulu Senior (Dr. Ferreira de Araújo), amigo de Bernardelli e diretor da Notícia, Arthur de Azevedo que escrevia no Novidades e tratava o artista como “irmão”, Marial da Gazeta de Notícias e Arthur Mendonça de O Paiz. Nota-se que a defesa vinha sempre em maior número e era tão ou mais calorosa que o ataque. Certa vez, depois de um artigo especialmente duro de Laet, os amigos se reuniram num grande abaixo-assinado em solidariedade ao escultor, que incluía até mesmo críticos habituais de sua obra, como Gonzaga Duque[9].
A propósito, Gonzaga Duque, num artigo sobre o Salão de 1905, perguntava onde se encontrava a escultura, as aulas de escultura e os escultores desta terra e, principalmente, o que fazia Correia Lima, pensionista promissor, que de volta ao país não tinha trabalho. A resposta, dada pelo próprio crítico, era que
O Sr. professor Rodolpho Bernardelli, diretor perpétuo e senhor absoluto da Escola de Bellas Artes, não sei commendador de varias ordens estrangeiras, conselheiro esthetico do governo e outras instituições, monopolisava todas as admirações e todos os trabalhos.
E completava mais adiante:
“tinha Sua Eminencia uma enfiada d’encommendas.... por atacado e a varejo”, enquanto “o sr. Correia Lima, com quem o Estado gastou tanto dinheiro para o aperfeiçoar na arte d’esculpir, e cujo aproveitamento demonstrou em magnifícos trabalhos, ficava às moscas, com suas illusões mettidas num saco!”[10]
Esta situação que Gonzaga Duque denunciava no início do século já vinha sendo noticiada por Cosme Peixoto desde o Salão de 1894, quando por diversas vezes ele perguntou porque a Escola não tinha alunos de escultura. Com aquela ironia que lhe era peculiar, ele explicava que isso se dava porque o professor “imenso”, “enorme” e “colossal”, “gênio imortal”, desdenhava “satélites” e, como nenhum aluno quisesse freqüentar suas aulas, “durante muitos anos brilhará sem competencia no céu artístico”[11]. “O sr. Bernardelli é o primeiro por ser o único - eis a verdade nua e crua” [12], insistia o jornalista em outro artigo. De fato, o panorama da escultura brasileira nesse período era muito restrito, como havia sido desde a fundação da Academia.
Eram poucos o escultores atuando no Rio de Janeiro. Chaves Pinheiro já havia morrido e não tinha deixado discípulos para substituí-lo. Em seu longo magistério formou poucos nomes dignos de expressão e dentre eles, somente Cândido Caetano de Almeida Reis teria tido condições de concorrer com Bernardelli.
No entanto, Almeida Reis não teve a mesma sorte de seu colega. Artista com pensamento próprio e forte personalidade, não demorou a entrar em choque com o conservadorismo acadêmico brasileiro. Desde os tempos de aluno demonstrou uma liberdade artística que desagradava a seus professores. Pensionista na Europa, em 1865, adotaria os ideais românticos e infringiria os regulamentos da Academia enviando O Rio Paraíba do Sul, um trabalho com tema brasileiro em lugar do mitológico ou do bíblico como era previsto. Uma desavença com Chaves Pinheiro, então em visita a Paris, o faria perder a bolsa e voltar ao Brasil. Daí por diante, marginalizado pela Academia e pelo meio artístico, seria muito difícil receber encomendas e desenvolver seu trabalho.
Praticamente sem concorrentes, Bernardelli decidiu não participar de concursos públicos. Por ocasião dos preparativos para a construção de um monumento a Carlos Gomes em Campinas, o escultor mandaria uma carta à comissão responsável explicando suas razões. Como de hábito, ele faria um rascunho, cheio de frases incompletas e de lacunas, mas onde se pode ler, principalmente nas entrelinhas, sua certeza de que não havia no país nenhum artista em condições de competir com ele, nem júri com competência para julgá-lo.
Esta sua atitude acabava surtindo efeito. Todas as comissões que tentaram escolher um artista através de concursos públicos acabavam por desistir diante de sua negativa. Seguramente elas não gostariam de ver o maior nome da escultura nacional ausente de seus projetos, pois seria um desprestígio para os mesmos. O artista demonstrava ser um profissional seguro de sua competência e de sua superioridade, pois agiu desta forma diante de todos os grandes projetos, incluindo o do General Osório, quando afastou a concorrência de Almeida Reis. Cosme Peixoto não poderia deixar de denunciar e, em artigo no Jornal do Brasil, escrevia que, certa vez, no Senado, falava-se em abrir concurso para uma determinada estátua, quando “levantou-se um pae da pátria e disse que era inutil a concorrencia em paiz onde havia um Bernardelli”.[13] Diante de tal quadro é compreensível a timidez e o ostracismo dos escultores da época, pois não havia incentivo e o espaço para eles era muito limitado.
Rodolpho Bernardelli permaneceria à frente da Escola de Belas Artes até 1915, quando um movimento de professores e alunos o afastaria da direção. No ano seguinte pediria a aposentadoria e só voltaria a colocar os pés na Escola, já bem idoso, para receber uma homenagem em forma de busto, feito por seu aluno Correia Lima. Nesse espaço de tempo ele viveria praticamente afastado do mundo, em seu novo atelier na praia de Copacabana, dedicado unicamente à escultura e ao convívio dos amigos mais fiéis. Morreria em abril 1931, mas não antes de dar um passeio de bonde para se despedir de seus monumentos[14].
Referências
Livros
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Catálogos
CATÁLOGO DA GALERIA DOS IRMÃOS BERNARDELLI. Museu Nacional de Belas Artes, Ministério da Educação e Cultura.. Rio de Janeiro : Edição comemorativa do centenário de nascimento do grande escultor brasileiro Rodolfo Bernardelli - 18 dez 1852 - 18 dez 1952.
CATÁLOGO GERAL DAS GALERIAS DE PINTURA E ESCULTURA. Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, 1923.
Documentos
Arquivo pessoal de Rodolpho e Henrique Bernardelli. Mapoteca, Arquivos do Museu Nacional de Belas Artes. Rio de Janeiro.
Coleção Rodolfo Bernardelli. Seção de Desenho Brasileiro do Museu Nacional de Belas Artes. Rio de Janeiro.
(*) Escola de Arquitetura e Urbanismo – Universidade Estácio de Sá
[1] Arquivos do MNBA, Arquivo Pessoal Rodolpho Bernardelli, Mapoteca, Pasta nº4, doc. Nº188.
[2] VACCANI, Celita. Op. cit., p.62.
[3] Arquivos do MNBA, Arquivo Pessoal Rodolpho Bernardelli, Mapoteca, Pasta nº4, doc.nº196.
[4]AArquivos do MNBA, Arquivo Pessoal Rodolpho Bernardelli, Mapoteca, Pasta nº2, doc. nº133.
[5] Conforme comprovam várias cartas guardadas pelo próprio Bernardelli e hoje nos Arquivos do MNBA, Arquivo Pessoal Rodolpho Bernardelli, Mapoteca.
[6] A título de curiosidade - Bernardelli guardou o abaixo- assinado dentro de um envelope onde escreveu: “Documento original da injustiça dos collegas desafeiçoados”. - Códice existente nos Arquivos do MNBA, Arquivo Pessoal Rodolpho Bernardelli, Mapoteca, Pasta nº8, doc. nº413.
[7]BROCOS, Modesto. A questão do ensino de Bellas Artes, seguido da crítica sobre a direção Bernardelli e justificação do autor. Rio de Janeiro: s/ed., 1915, p.80-82-83.
[8] O Paiz, 11/dez./1894, p.1: “ Ao Bernardelli / Nem o Cosme a injuriar-te, / Nem a louvar-te o Lulu, / Podem tirar-te nem dar-te, / Pois aqui e em toda parte / Tu és tu e has de ser tu. / Gavroche
[9]Códice existente nos Arquivos do MNBA, Arquivo Pessoal Rodolpho Bernardelli, Mapoteca, Pasta nº2, doc. nº124. Este abaixo-assinado encontra-se guardado em um envelope onde Bernardelli escreveu: “aqui está um documento provando o caráter de alguns artistas e críticos”.
[10] DUQUE, Gonzaga. Salão de 1905. Revista Kosmos, Rio de Janeiro, nº9, set./1905, p. 43. Transcrição disponível em: <http://www.dezenovevinte.net/egba/index.php?title=DUQUE%2C_Gonzaga._SAL%C3%83O_DE_1905._K%C3%B3smos%2C_Rio_de_Janeiro%2C_set._1905%2C_n/p.>
[11] PEIXOTO, Cosme. Salão de 1894. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 17/nov/1894, p.1.
[12] _____. Monopolio artistico. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 30/jan./1895, p.1.
[13] PEIXOTO, Cosme. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 30/nov./1894, p.1.
[14] Segundo afirmação de Celita Vaccani, cujo pai, médico de Bernardelli, o acompanhou neste passeio.