Algo
além do moderno: a mulher negra na pintura brasileira no início do século XX *
Maraliz de
Castro Vieira Christo
CHRISTO, Maraliz de Castro Vieira. Algo além do
moderno: a mulher negra na pintura brasileira no início do século XX. 19&20, Rio de Janeiro, v. IV, n. 2, abr. 2009.
Disponível em: <http://www.dezenovevinte.net/obras/obras_maraliz.htm>. [Français]
*
* *
ARMANDO MARTINS VIANNA
(1897-1992): Limpando metais, 1923.
Óleo sobre tela, 99 x 81 cm.
Juiz de Fora, Museu Mariano Procópio.
1.
Em
pesquisa sobre o acervo do Museu Mariano Procópio uma obra chama a nossa
atenção, a tela de Armando Vianna
(1897-1992), Limpando metais [Figura 1],
datada de 1923,[1] onde uma empregada doméstica negra pule
pratas e cristais, com o olhar distante.
2.
Seu
autor seguiu uma carreira normal para um jovem simples do Rio de Janeiro: aos
treze anos começou a trabalhar na oficina de pintura do pai, pintando placas,
carrocinhas e charretes; cursou o Liceu de Artes e Ofício, o curso livre da
Escola Nacional de Belas Artes, onde foi aluno de Rodolpho Amoêdo e Rodolpho Chambelland; em 1921 iniciou sua participação no
Salão Nacional de Belas Artes, conquistando o prêmio viagem, em 1926, com a
tela Primavera em flor [cf. Imagem], exposta há muito tempo na Galeria de Arte
Brasileira Contemporânea, do Museu Nacional de Belas Artes. Sobreviveu de seu
trabalho artístico pintando flores, paisagens, nus femininos, telas históricas
e religiosas, falecendo em 1992, aos 95 anos.[2]
3.
Armando
Vianna pintou Limpando metais exclusivamente para concorrer a premiação
do Salão Nacional de Belas Artes, conseguindo a Medalha de Prata. Embora
neto de escrava alforriada, Vianna parece não ter produzido outros quadros com
personagens negros.
4.
Aparentemente,
o quadro e a carreira de seu autor não apresentam grandes apelos para
manterem-se como foco de interesse historiográfico, entretanto Limpando
metais possui o poder de nos interrogar sobre as representações da mulher
negra em sua época.
Representações
do negro pós-abolição
5.
Imagens
de negros povoaram as obras dos viajantes, assim como dos fotógrafos do século
XIX, sendo raras as representações em pinturas a óleo[3].
Nas primeiras décadas após a abolição, encontramos artistas que apresentaram
mulheres negras em seus quadros. É difícil, entretanto, ter-se uma visão mais
clara de seu significado, na ausência de um maior inventário sobre o tema. As
obras que se destacam pertencem a acervos públicos, tornando-se mais
conhecidas; são elas: Engenho de mandioca (1892) [Figura 2]
[4],
e Redenção de Cã (1895) [Figura 3]
[5]
de Modesto Brocos;[6]
Mulata quitandeira [Figura
4], de Antonio
Ferrigno (c. 1893-1903); Mãe Negra [Figura 5],
de Lucílio de Albuquerque
(1912)[8]
e Tarefa pesada [Figura 6], de Gustavo Dall’Ara (1913).[9]
6.
Além
do tema, essas obras possuem em comum o fato de terem, em sua maioria,
participado dos Salões da Escola Nacional de Belas Artes (ENBA), sido premiadas
e adquiridas pelo governo. O espaço oficial do mundo das artes no Brasil
abria-se, portanto, para imagens sentimentais sobre a situação da mulher negra.
7.
Nenhum
dos artistas citados dedicou-se predominantemente a essa temática,
representando, os quadros referidos, momentos episódicos no conjunto de suas
produções. Percebe-se que se tornaram peças importantes na estratégia dos
pintores para a conquista de premiação no Salão de Belas Artes. Interessante
também observar que dos quatro artistas apontados apenas um é brasileiro.
8.
O
espanhol Modesto Brocos (1852-1936) representou o trabalho predominantemente
feminino num engenho de mandioca, onde todos estão absortos em suas tarefas,
não abrindo espaço para indagações sobre individualidades e sentimentos; um
estudo de tipos, como definiu Gonzaga
Duque.[10] O quadro exposto na primeira mostra
realizada pelo artista, no Rio de Janeiro, em 1892,[11]
foi adquirido pelo Estado. Também participou da Exposição Universal de Chicago,
realizada em comemoração aos 400 anos da descoberta da América, entre maio e
outubro de 1893.[12]
9.
O
mesmo artista apresentou, no Salão de 1895, a tela Redenção de Cã, contemplada
com a Primeira Medalha de Ouro e igualmente incorporada à pinacoteca da ENBA.
10.
Redenção de Cã
é assim descrito por Teixeira Leite em seu dicionário:
11.
À porta de um casebre, uma ex-escrava agradece aos
céus pela pele clara do netinho, sustentado ao colo pela mãe, uma jovem mulata
que tem a seu lado o marido, lusitano típico. A Redenção de Cã consiste, por conseguinte, no branqueamento da
raça, através de gradativos cruzamentos. Muito embora muitíssimo bem pintado,
trata-se, sem dúvida, de uma das pinturas mais reacionárias e preconceituosas
da Escola Brasileira.[13]
12.
O
quadro de Modesto Brocos foi reproduzido na abertura do ensaio apresentado pelo
diretor do Museu Nacional do Rio de Janeiro, João Batista Lacerda, no I
Congresso Internacional das Raças, realizado em Londres, em julho de 1911,
acompanhado pela legenda “Le nègre
passant au blanc, à la troisième génération, par l’effet du croisement dês
races”.[14] Redenção de Cã configurar-se-ia,
portanto, como demonstrativo de uma tese, mais do que interrogação sobre as
condições de incorporação da mulher negra na sociedade brasileira. Rafael
Cardoso levanta a hipótese de o quadro ter sido interpretado à sua época como
progressista, expressão de um saber científico, ilustração didática de uma
aspiração comum.[15] O depoimento do próprio artista
sobre a recepção de sua obra reforça essa hipótese:
13.
Foi um sucesso! Bilac escreveu uma engenhosa crítica
sobre a maldição de Noé, que meu quadro desvalorizava; inspirou a Coelho Neto
uma composição sobre o navio fantasma - os alunos ofereceram-me uma palheta e
os jornais desfizeram-se em elogios. Tudo isso foi obra dos meus amigos, principalmente
de Bernardelli- o júri influído, concedeu-me a primeira medalha. [16]
14.
O
italiano Antonio Ferrigno (1863 - 1940), em sua estada no Brasil, entre 1893 e
1905, tornou-se conhecido por pintar fazendas de café. Neste período,
representou em pequenos quadros jovens negras, a exemplo de: O galanteio,
apresentando uma bela mulher, carregando um cesto e uma galinha, aparentemente
retornando das compras, interrompida por um homem branco; Nativa, Fazenda
Santa Gertrudes - Araras, SP, onde a mesma personagem posa segurando uma
ovelhinha ao colo contra um bananal; Monjolo, Fazenda Victória - Botucatu,
SP, abordando o trabalho de mulheres carregando cestos; e,
finalmente, Mulata quitandeira, pintado em maior formato,
adquirido pelo Estado em 1902.[17] Este último representa uma negra sentada
displicentemente no chão à entrada de um casebre, onde vende ervas numa bandeja
depositada sobre a soleira da porta. Aqui toda a noção de progresso é
questionável. A emancipação não trouxe a prosperidade, a negra parece sucumbir
inerte ao peso de uma realidade imutável.[18]
15.
Lucílio
de Albuquerque (1877 - 1939) expôs Mãe Negra no salão de 1912, onde
obteve a Pequena Medalha de Ouro com a obra Despertar de Ícaro [cf. Imagem].
A tela representa uma mulher negra, igualmente sentada sobre o chão,
amamentando uma criança branca, enquanto olha o próprio filho posto de lado. Há
docilidade e ternura na cena, criando no expectador uma ligação afetiva com a
mãe que amamenta, internalizando, contudo, um silencioso mal estar. O artista
dedicou à tela três ou quatro estudos.[19] Assim como Ferrigno, Lucílio opta por
representar a negra em seu próprio ambiente paupérrimo, sem nenhum otimismo
quanto ao futuro.
16.
No
salão de 1913, o italiano Gustavo Dall’Ara (1865 - 1923) expôs algumas telas
sobre o Morro da Favela: Subindo o morro, Ronda à favela, e Tarefa
pesada, com a qual conquistou a Grande Medalha de Prata. Artista preocupado
em retratar a vida urbana em seus detalhes corriqueiros, tanto pintou as
movimentadas ruas principais do Rio de Janeiro, quanto os morros que começavam
a se povoar, com os excluídos do progresso. Tarefa pesada representa
mulheres negras ou mulatas carregando água para a lavagem de roupas, na
vizinhança de um barraco. Embora todas estejam dedicando-se à tarefa, nos
identificamos com a de primeiro plano a levar, cabisbaixa, pesada lata d’água,
que lhe estende o braço esquerdo.[20] Somos espectadores ausentes da cena, não
convidados a nela intervir.
17.
As
obras aqui apresentadas, plenamente aceitas pelo chamado mundo oficial das
artes, representam a mulher negra como trabalhadora pobre, apartada dos
confortos da vida urbana, ensimesmada e triste, refletindo muito concretamente
sua condição social.
18.
Neste
contexto situamos o quadro de Armando Vianna, Limpando metais. O artista
foi capaz de identificar no histórico das premiações do Salão da ENBA abertura
suficiente para a temática, apresentando pequenas inovações.
A construção da imagem
19.
O
pintor insere a mulher negra como trabalhadora doméstica no interior de uma
casa de família, modificando o antigo eixo que a vinculava à natureza,
continuidade de sua pobre habitação. Ela ocupa quase a metade vertical da tela,
entretanto, sua figura surge deslocada, imprensada entre uma mesa repleta de
objetos e o armário ao fundo. Ao mostrar com virtuosismo cristais e metais
sobre a mesa, em primeiro plano, o pintor faz o observador titubear entre o seu
brilho e os reflexos do vidro do armário. É neste percurso que o olhar
reconhece a empregada negra sem fixar-se em sua face. A cor da pele privada de
reflexos não permite seu destaque rápido no quadro, embora a roupa esteja
iluminada e o rosto se situe no encontro de duas diagonais.
20.
A
aproximação com outros quadros permite compreender mais precisamente as
intenções do artista na construção de sua imagem.
21.
Armando
situa o personagem quase frontal ao observador, revelando-lhe a face. O pintor
francês Henry Caro-Delvaille (1876-1928) em La jeune servante (c.
1900-1910) [Figura
7] explora os mesmos elementos, uma empregada doméstica a cuidar de
cristais, entretanto toma o partido contrário, mostrando-a em primeiro plano,
de costas, transformada numa bela, desejável mas anônima silhueta.[21]
A empregada branca está ali apenas para executar o serviço.
22.
Surpreende
a semelhança entre o quadro de Armado Vianna e a tela Jennie [Figura 8] da
artista afro-americana Lois Mailou Jones (1905-1998),[22]
pintada nos anos de 1940.[23] Jennie representa uma jovem negra
limpando peixe, também imprensada entre uma mesa e um armário. A tela foi uma
das primeiras experiências da artista na tentativa de aproximar-se de temas
ligados à representação de negros. Nela Lois Mailou Jones buscou, através da
gravidade com a qual a jovem dedica-se à sua tarefa, revestir de dignidade o
trabalho servil, como a própria pintora declarou.[24]
A negra americana ainda que possua a identidade de um nome próprio, não
exterioriza seus sentimentos. Embora presa ao anonimato, a negra brasileira
ergue o rosto, desprendendo-se do trabalho para pensar, talvez, sobre seu
destino.
23.
Guignard
(1896 - 1962), entre os anos 30 e 40, realizou vários retratos de personagens
negros, dentre eles sua empregada, Irene. O pintor expressa a individualidade
de Irene, que posa para o artista, como tantas damas da sociedade o fizeram.
Irene saiu da cozinha, onde ainda está confinada a negra de Armando Vianna.
24.
A
empregada limpa os metais sem o mínimo interesse. Triste e entediada não nos
interpela, não nos olha como Irene livre momentaneamente de seu lugar social.
Reconhece-se certo sentimento melancólico, com o qual alguns estudiosos começam
a caracterizar o negro, desde as análises de Rodrigo Naves sobre a Negra
tatuada vendendo caju [cf. Imagem],[25]
de Debret.[26]
25.
Todas
essas aproximações arbitrárias visam perceber o processo iconográfico de
construção do quadro de Armando Vianna, que não só representa uma negra no
papel de empregada doméstica, mas busca recuperar sua humanidade ao
reconhecer-lhe a individualidade, no momento em que a faz desviar-se da atenção
ao trabalho.
26.
A
essas aproximações gostaríamos de somar mais uma, que arriscamos sugerir,
proposta, talvez, pelo próprio artista. Trata-se do quadro de Edouard Manet. Un
bar aux Folies-Bergère, de 1882 [Figura 9].[27]
27.
Muito
se tem escrito a respeito do quadro de Manet, sobre suas ambigüidades, sobre o
lugar ocupado pela garçonete. Fixaremos-nos apenas na humanização da
balconista, em seu desconforto, alienação e tristeza, em contraste com o
ambiente festivo de um café-concerto parisiense. T. J. Clark, em seu livro A
pintura da vida moderna; Paris na arte de Manet e de seus seguidores, assim
a situa:
28.
... não me parece que a garçonete seja animada pela
própria alienação, e sim ser posta e composta e confinada por esta última; a
alienação é sentida como uma espécie de fúria e perfeição com a qual a moça se
arma contra seu entorno. Ela está apartada - essa é a melhor descrição.[28]
29.
Confinada
entre a mesa e o armário, a empregada negra de Armando Vianna também se aliena
contra seu entorno, mesmo que solitário. Alguns elementos pictóricos acentuam o
diálogo entre as obras, a exemplo dos reflexos azuis que passeiam por ambas,
assim como as cores quentes das laranjas em Manet e do tecido vermelho no
quadro de Vianna.
30.
Ao
aproximar-se da representação de Manet, o pintor brasileiro dá à solidão da
empregada negra, uma dimensão universal.
31.
Em
síntese, Limpando metais se enquadra numa produção de imagens que,
apesar de diminuta, se estabelece desde a abolição. Mesmo sem um levantamento
rigoroso, os quadros mais conhecidos permitem perceber a preocupação sobre o
lugar da mulher negra na sociedade brasileira. As opções são pessimistas:
desaparecer pela miscigenação, permanecer reclusa na periferia e morros, ou
aprisionar-se na cozinha, trabalhando sempre. O alienar-se da negra de Armando
Vianna é, de certa forma, a conscientização desse processo.
O
esquecimento
32.
1923.
Precisamente nesse ano duas negras entram em cena: uma de Armando Vianna, outra
de Tarsila do Amaral [Figura 10].[29]
A história já é conhecida: Armando expõe a sua na 31ª Exposição Geral da ENBA,
ela recebe a Medalha de Prata, é incorporada ao acervo do Museu Mariano
Procópio, em data ainda indeterminada, e por lá é esquecida. Quanto à negra de
Tarsila, produzida em Paris, exibida com entusiasmo por Fernand Léger aos seus
alunos, reproduzida na capa de poemas escritos por Blaise Cendrars, tornou-se
rapidamente símbolo de ruptura absoluta;[30]
antes dela nada mais existira no Brasil.
33.
Uma
pequena nota da historiadora Aracy Amaral, em seu livro sobre Tarsila,
reconhece a tradição anterior apenas para demonstrar a ruptura proporcionada
pela obra da artista paulista.
34.
O preto já fora tema de artistas anteriores (como Abigail
de Andrade, Modesto Brocos, Lucílio de Albuquerque, entre tantos outros, e
mesmo em desenho, de 1920, de V. do Rêgo
Monteiro), porém nunca com a intencionalidade e projeção que assinalamos
nesta obra.[31]
35.
Diversos
já escreveram sobre A negra de Tarsila do Amaral, destacando sua muita
ou pouca ousadia face aos padrões vanguardistas, a reminiscência do passado
colonial ou pessoal, enraizado nas fazendas do interior paulista. A foto de uma
antiga empregada de família [Figura 11] é costumeiramente reproduzida para
enfatizar a relação afetiva da artista com seu tema, sugerindo uma possível
origem iconográfica.[32] Todavia, sempre que vejo a reprodução de
uma pequena imagem de Iemanjá do séc. XIX [Figura 12],[33]
não posso deixar de reconhecer nela a negra de Tarsila.
36.
Alexandre
Eulálio muito bem caracterizou neste aspecto a tela:
37.
O modelo vivo proposto numa indiferente pose de nu vai ser transfigurado
com inteira dramaticidade. E a sua Negra redunda monumentalizada dentro
do espírito da estatuária tradicional africana, numa livre estilização em que vigor
expressivo e hieraticidade majestosa vêm sublinhados com toda a ênfase. [...]
A figura ritual da antepassada mediadora, sentada no chão como num trono, as
pernas cruzadas, realizava com a presença expressionista um mergulho no
inconsciente. Reencontrando no fundo de si mesma as negras vestidas da sua
infância sul-americana de filha de fazendeiro, ela aceita desmitificar a
chita paternalista, toda má consciência, das mães-pretas oficiais, e as desnuda
num gesto amoroso que é pura ousadia tanto no nível da forma como no nível do
conteúdo.[34]
38.
A Negra de
Tarsila é, portanto, um arquétipo. Depois dela o modernismo brasileiro produziu
um número expressivo de representações de negros e mestiços[35].
Não é nosso objetivo contestar sua importância histórica, apenas nos
perguntamos sobre a produção obliterada pela militância modernista que a
celebra.
39.
Analisar
Limpando metais inevitavelmente nos leva a indagar sobre sua inserção na
história da arte brasileira. O quadro, hoje ignorado, foi reconhecido por sua
época, correspondeu a expectativas, pertenceu a uma tradição que, apesar de
pouco articulada e numerosa, igualmente buscara pensar o lugar social de parte
significativa da população brasileira.
________________________
* Comunicação
originalmente apresentada no XXVIII Colóquio do Comitê Brasileiro de
História da Arte, Rio de Janeiro, 2008, com algumas alterações.
[1] ARMANDO VIANNA: Limpando
metais, 1923. Óleo sobre tela, 99 x 81 cm., Museu Mariano Procópio.
[2] CARNEIRO, José
Maria. Armando Vianna: sua vida, sua obra. Prefácio Jorge Cabicieri. Rio
de Janeiro: Arte Hoje, 1988.
[3] LIMA, Heloisa
Pires. A presença negra nas telas: visita às exposições do circuito da Academia
Imperial de Belas Artes na década de 1880. 19&20,
Rio de Janeiro, v. III, n. 1, jan. 2008. Disponível em: <http://www.dezenovevinte.net/obras/obras_negros.htm>.
[4] MODESTO BROCOS: Engenho
de mandioca, 1892. Óleo sobre tela, 58,6 x 75,8 cm. MNBA
[5] MODESTO BROCOS: Redenção
de Cã, 1895. Óleo sobre tela, 199 x 166 cm. MNBA
[6] Sobre essa
temática Brocos também pintou Cena de Macumba (s.d., óleo sobre tela, 45
x 34 cm), quadro pouco citado, pertencente a uma coleção particular.
[7] ANTONIO FERRIGNO: Mulata
quitandeira, (entre 1893 e 1903). Óleo sobre tela, 179 x 125 cm.,
Pinacoteca, SP.
[8] LUCÍLIO DE ALBUQUERQUE:
Mâe-preta, 1912. Óleo sobre tela, 150 x 112 cm. Museu de Arte da Bahia.
[9] GUSTAVO DALL’ARA: Tarefa
pesada, 1913. Óleo sobre tela, 120 x 90 cm. MNBA
[10] GONZAGA DUQUE. Contemporâneos. Rio de Janeiro:
Typ. Benedicto de Souza, 1929, p. 88.
[11] LEITE, José
Roberto Teixeira. Dicionário crítico da pintura no Brasil. Rio de
Janeiro: Artlivre, 1988, p. 177.
[12] Chicago, São
Francisco: The Brancroft Company, 1893. 10 v. World's Columbian
Exposition, Latin American art exhibition.
[13] LEITE, José Roberto Teixeira. Dicionário crítico
da pintura no Brasil. Rio de Janeiro: Artlivre, 1988, p. 435-6.
[14] SCHWARCZ, Lilia
Moritz. O espetáculo das raças. Cientistas, instituições e questão
racial no Brasil, 1870-1930, São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 11.
[15] CARDOSO, Rafael. A
arte brasileira em 25 quadros (1790-1930). Rio de Janeiro/São Paulo, 2008,
p. 103.
[16] ACQUARONE, F &
QUEIROZ Vieira, A. de. Quadros da História da Pátria interpretados por
artistas brasileiros. Rio de Janeiro, 1941.
[17] Antonio
Ferrigno, 100 anos depois. São Paulo: Pinacoteca do Estado, 2005.
(Catálogo)
[18] BITTENCOURT,
Renata. Modos de negra e modos de branca: o retrato “Baiana” e a imagem
da mulher negra na arte do século XIX. Campinas, 2005 (Dissertação, Mestrado em
História da arte, UNICAMP). P, 92-94.
[19] Museu de Arte
da Bahia. São Paulo: Banco Safra, 1997, p. 80.
[20] SIMÕES, Ronaldo do
Valle. Gustavo Dall’Ara. Rio de Janeiro: Livraria Winston, 1986.
[21] VALMY-BAISSE J. Peintres
d'Aujourd'hui n°4 : Henry Caro-Delvaille. Paris: JUVEN Félix. 1910.
[22] LOIS MAILOU JONES: Jennie. 1943. Howard
University Permanent Collection.
[23] Agradeço ao
professor Jorge Coli a sugestão dessa imagem.
[24] An Interview With Lois Mailou Jones. By Charles H.
Rowell. Callaloo, Vol. 12 No. 2, p. 357-378. Disponível em: <http://xroads.virginia.edu/~ug01/westkaemper/callaloo/mailoujones.html>,
acessado em 29/09/2008.
[25] JEAN BAPTISTE
DEBRET: Negra tatuada vendendo caju, 1827. Aquarela s/ papel, 15,5 x 21
cm. Museu da Chácara do Céu, Rio de Janeiro.
[26] NAVES, Rodrigo.
Debret, o neoclassicismo e a escravidão. In: ___. A forma difícil:
ensaios sobre arte brasileira. São Paulo: Ática, 1996, p. 80-81.
[27] EDOUARD MANET: Un bar aux Folies-Bergère. 1882. Óleo sobre
tela, 96 X 130 cm., Courtauld Institute Galleries, Londres.
[28] CLARK, T. J.. A
pintura da vida moderna; Paris na arte de Manet e de seus seguidores. São
Paulo: Companhia das Letras, 2008.
[29] TARSILA DO AMARAL:
A negra, 1923. Óleo sobre tela, 100 x 80 cm., MAC USP
[30] AMARAL, Aracy. Tarsila
- sua obra e seu tempo. São Paulo: Perspectiva, EDUSP, 1975, p. 97-98.
[31] Idem p. 98, nota
49.
[32] Tarsila,
viajante, viajeira. São Paulo: Pinacoteca do Estado de São Paulo, 2008, p.
31
[33] ARAÚJO, Emanoel
(org.) A mão afro brasileira. Significado da contribuição artística e
histórica. São Paulo: Tenenge, 1988, p. 188.
[34] EULALIO,
Alexandre. A aventura brasileira de Blaise Cendrars. 2ª ed. (rev. e
ampl.) São Paulo: EDUSP: FAPESP, 2001. p. 104.
[35] Sobre isso ver a
recente tese defendida por Marços Hill, Quem são os mulatos? Sua imagem na
pintura modernista brasileira entre 1916 e 1934. Belo Horizonte, 2008
(EBA-UFMG). Como também o livro de Roberto Conduru, Arte afro-brasileira.
Belo Horizonte: C/Arte, 2007.