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Volume III, número 3 │ julho
2008...............................................................ISSN 1981-030X
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. Número Especial - Artistas Lucílio de Albuquerque na arte brasileira por Piedade Epstein Grinberg A obra de Lucílio de Albuquerque se insere em um período em que a arte acadêmica enfrentava os embates com os artistas modernistas, não só pela primazia da forma, mas sobretudo pela necessidade de mudanças no ensino na Escola Nacional de Belas Artes. Lucílio, como professor, sempre se posicionou de maneira aberta e conciliatória nesse ambiente de transição, contribuindo para a valorização da arte brasileira do início do século XX. A temática, na pintura do século XIX no Brasil, como veículo de afirmação e sobrevivência: Pedro Américo de Figueiredo e Mello por Madalena de F. P. Zaccara Pedro Américo nunca foi "um militar que fazia pinturas", como Baudelaire teria afirmado a respeito de Horace Vernet. Ele detestava a guerra e suas poucas pinturas de batalha foram sempre um negócio, uma alternativa para a sobrevivência. Com eficiência e grandiosidade, Américo abriu seu caminho profissional com a temática bélica, para não mais retornar a ela quando o filão se esgotou no Brasil. Paisagem: um conceito romântico na pintura brasileira - George Grimm por Isabel Sanson Portela. Georg Grimm não chegou a permanecer dez anos no Brasil,
porém sua
atuação foi das mais marcantes. Como professor,
impôs o trabalho
incansável e uma atitude profissional rígida; como pintor
e viajante, procurou a natureza como modelo. Simplicidade e
autenticidade carecterizaram a sua obra, na qual a paisagem se afirma, por excelência, como pintura ao ar livre .
. Celita Vaccani: A trajetória acadêmica e os prêmios recebidos por Tathyane Ferreira Höfke Celita Vaccani teve um importante papel na Escola Nacional de Belas Artes e uma intensa produção atrelada a concursos acadêmicos e às Exposições Gerais de Belas Artes. Neste estudo, que abrange desde sua formação no atelier de Rodolpho Bernardelli até a sua atuação como professora de escultura da Escola, destacamos os fatos mais significativos da sua trajetória acadêmica para a construção de sua identidade como escultora. O artista Francisco Pedro do Amaral por Patrícia de Barros Araújo O artigo apresenta um estudo comparativo das diversas fontes a respeito do artista fluminense Francisco Pedro do Amaral, tendo como referência principal o texto de Manuel de Araújo Porto-alegre a seu respeito. Com base no cruzamento das informações existentes, é possível projetar a trajetória de Amaral, o que é útil na abertura de novos caminhos e possibilidades de estudo de sua personaldade e obra. . Um retrato (quase) íntimo da nobreza brasileira: Emil Bauch e a Marquesa do Paraná por Rafael Alves Pinto Junior Emil Bauch, litógrafo e reputado pintor de gênero, nasceu em Hamburgo e veio para o Brasil em 1849. De sua produção, destacamos aqui o retrato da Marquesa do Paraná, feito em 1856. Nessa pintura, que dialoga com a obra de artistas europeus como Ingres e Hayez, os óbvios elementos ostentatórios de posição social da retratada se justapõem a pequenos detalhes que lhe conferem um toque inusitado de intimidade e afetividade. Imprensa e crítica de arte no Brasil: Angelo Agostini por Rosangela de Jesus Silva. Para
Angelo Agostini a crítica era um instrumento de
distinção fundamental para a arte, pois através
dela julgavam-se os trabalhos artísticos e poder-se-ia contribuir para o
desenvolvimento e aperfeiçoamento de seus criadores. Nos
escritos de Agostini, percebe-se ainda um certo descrédito com
relação à compreensão da arte por parte do
público, o que, em última análise, tornaria esse
último passível de ser enganado.
. Dossier Pedro Weingärtner Alguns Comentários sobre Pedro Weingärtner por Paulo César Ribeiro Gomes Quem foi Pedro Weingärtner? Qual a sua formação? Como foi a sua carreira? Onde se encontra sua obra? Qual a importância de sua obra para a arte brasileira? E para a arte sul-rio-grandense? Estas são algumas das muitas questões que ainda pairam sobre a figura do consagrado artista gaúcho e que abordamos no presente artigo. . .. Os Desenhos de Pedro Weingärtner por Alfredo Nicolaiewsky O segmento menos estudado e mostrado da obra de Pedro Weingärtner são seus desenhos. Talvez as explicações para isso estejam na tradição, amplamente difundida, de somente se valorizar a pintura, no desconhecimento deste segmento da produção de Weingärtner e/ou no fato desta parte da obra do artista se encontrar bastante dispersa e não documentada. É esta situação que pretendemos corrigir através da pesquisa aqui apresentada. As influências na obra de Pedro Weingärtner (1853-1929) por Vivian S. Paulitsch. Ao longo deste artigo, pretendemos apresentar o círculo de amizades e a cultura internacional no qual estava inserido Pedro Weingärtner, além de analisar dois significativos trípticos de sua obra - Chez la Faiseuse D’Anges (1908) e As três fases da vida (1919) - que enfocam o tema da mulher em chave moralista: no primeiro, temos o infanticidio resultante de uma gravidez indesejada e, no segundo, a degradação como conseqüência da prostituição. Pedro Weingärtner: sob o olhar fotográfico por Susana Gastal Pedro Weingärtner, o artista plástico gaúcho mais importante na virada do século XIX para o XX, não teria ficado imune a presença da fotografia: ele teria utilizado a imagem tecnológica tanto para reproduzir seus trabalhos quanto para captar imagens em seus passeios na Itália ou em Porto Alegre. No nosso entender, essa presença da fotografia na rotina artística de Weingärtner serve para tornar a sua personalidade ainda mais fascinante. A Paisagem em Pedro Weingärtner (1853-1929): algumas hipóteses de trabalho por Ana Maria Albani de Carvalho Este artigo resulta de um olhar dirigido para as paisagens de Pedro Weingärtner, um recorte específico que fazemos dentro de sua extensa e diversificada produção. No caso do artista gaúcho, a paisagem funcionava como uma via de afirmação para uma nova concepção de arte brasileira e, de maneira mais precisa, para a criação de uma identidade cultural regional. . . |