Artistas e Coleções
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Rodolfo Amoedo.
O mestre, deveríamos acrescentar.
por Luciano Migliaccio
Pederneiras, Seelinger, Alvim Correia, Batista da Costa,
Visconti... Rodolfo Amoedo era o mestre de todos. Não apenas por
motivos de idade e porque ocupara uma das cadeiras mais importantes da
Escola Nacional de Belas Artes, mas sobretudo
porque encarnava, aos olhos daqueles jovens atrevidos, o exemplo do
artista moderno.
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A Missão
Austríaca no Brasil e as aquarelas do pintor Thomas Ender no século XIX por Monike Garcia
Ribeiro
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As aquarelas do pintor
viajante Thomas Ender são
utilizadas como fontes históricas para a
compreensão dos modos de percepção através
dos quais este pintor construiu a sua imagem do Rio de Janeiro
do século XIX. O presente artigo
pretende se valer justamente da sua produção para investigar
problemas relacionados à “alteridade” cultural, bem
como, à interação entre as diversidades da
sociedade colonial e às expectativas dos viajantes europeus que
aqui estiveram no período.
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Arquitetura
e Artes Decorativas
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Fincando
Estacas: a “Exposição do Centenário da
Independência do Brasil de 1922” nas fotografias da
coleção Augusto César Malta de Campos por Thaís Rezende da Silva de Sant’Ana
Símbolo da modernidade do final do
século XIX, as Exposições Universais foram eventos
que apresentavam um forte caráter de exaltação
à nação e ao nacionalismo. Pavilhões,
quiosques e edifícios dos mais variados eram cuidadosamente
projetados e ornamentados. O desejo em obter reconhecimento e status de
nação símbolo de progresso, avanço e
civilização se mostrava comum dentre todos os expositores.
Da ideologia
à arquitetura, um projeto além mar: os Gabinetes
Portugueses de Leitura no Brasil por Maria de Fátima Garcia
de Mattos
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Os Gabinetes Portugueses de Leitura no Brasil
apresentam-se como referenciais urbanos, conformados às
aspirações sociais da época, expressos nos novos
centros de convívio, cultura e lazer. A sociedade formava-se, os
homens aproximavam-se para trocar
idéias, e uma nova vida associativa se viu desabrochar,
resgatando, por meio de seus edifícios, a memória e a
formação da identidade nacional, preservando uma
história cuja experiência vivida o tempo poderia pôr
a perder.
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Crítica de Arte
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Gonzaga Duque:
Crônicas dos salões na Revista Kosmos por Cristina Pierre de França
Gonzaga Duque admite
sua condição de crítico e de cronista no texto em que apresenta o
Salão de 1904: com relação a tarefa de
crítico, define-a como a de classificação dos
trabalhos do Salão, além da determinação
acerca das escolas estéticas que compõem as obras
apresentadas; com relação a de cronista, refere-se a si
mesmo como um “rabiscador de crônicas, habitualmente
desajeitadas e pretensiosas”, buscando a concordância e a
atenção do leitor.
Os embates no
meio artístico carioca em 1890 - antecedentes da Reforma da
Academia das Belas Artes por Ana Maria Tavares Cavalcanti
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A República brasileira acabara de ser
proclamada e os reflexos das mudanças não tardaram a
agitar o meio artístico carioca. Três projetos de reforma
da Academia das Belas Artes e um propondo a sua extinção
foram elaborados e discutidos. Havia um clima de batalha em que se
enfrentavam os “novos” e os “velhos”.
Divulgando as polêmicas, anunciando as reuniões dos
artistas e influenciando a opinião pública, os
jornalistas tiveram papel importantíssimo no episódio.
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Obras
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A“Fascinação
de Iara” - o nacional e o feminino na pintura de Theodoro Braga por
André Cozzi
Assim temos o quadro: a bela figura (no
sentido mais contemporâneo de Theodoro Braga) da deusa-mulher
Iara ou Uiara, da cosmogonia indígena, no fundo de um lago entre
Vitórias-régias. Seria esse quadro a
proposição para um novo modelo social, no qual elementos
que anteriormente serviam apenas como motivos ornamentais, imersos
junto a natureza selvagem, adquirem cada
vez mais presença como sujeitos?
Tramas e dramas
sobre a tela de Constantino da Motta por Edison Farias
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No cenário cultural belenense, na
passagem do século XIX para o século XX, conviveram duas
realidades antagônicas: o desejo de se constituir uma Academia de
Belas Artes e o desinteresse do poder público. Várias
são as respostas que podem ser apresentadas à pergunta: -
Por que então não se criou a Escola de Belas Artes do
Pará? A tela “Cólera Morbus”,
de Constantino Pedro Chaves da Motta e seu contexto apresentam-se aos
nossos olhos a desafiar, a convidar, a apreciar uma forma de resposta própria do
campo da forma e da técnica .
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Resenhas
O “Jeca
Tatu” de Monteiro Lobato: Identidade do Brasileiro e Visão
do Brasil por Roberto Bitencourt
Resenha do livro As metamorfoses do Jeca
Tatu: a questão da identidade do brasileiro em Monteiro Lobato
(2003), de Aluizio Alves Filho.
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Fontes Primárias
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Termos de
julgamento das provas dos Concursos ao Prêmio de Viagem em
pintura durante a 1ª República contribuição de Arthur Valle
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Cartas de
Rodolpho Bernardelli a Maximiano Mafra -
1878 a 1885 contribuição
de Camila Dazzi
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