“Documentário fotográfico de esculturas executadas pelos
alunos desde a fundação do curso de escultura,”de
Fernando Corona
organização de Alfredo Nicolaiewsky [1]
NICOLAIEWSKY, Alfredo (org.). “Documentário fotográfico de
esculturas executadas pelos alunos desde a fundação do curso de escultura,” de
Fernando Corona. 19&20, Rio de Janeiro, v. XI,
n. 1, jan./jun. 2016. https://doi.org/10.52913/19e20.XI1.11
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O documento
intitulado “Documentário fotográfico de esculturas executadas pelos alunos
desde a fundação do curso de escultura”, foi produzido pelo professor Fernando
Corona (1895-1979), que lecionou no atual Instituto de Artes (Instituto de
Belas Artes - IBA -, à época) no período de 1938 a 1965, quando criou e
ministrou o Curso de Escultura. Esta documentação foi doada pela família de
Corona ao Arquivo Histórico do Instituto de Artes (AHIA-UFRGS).
Fernando Corona,
escultor, arquiteto, crítico de arte e professor, nasceu em 1895, em Santander
(Espanha) e morreu em 1979 em Porto Alegre (Rio Grande do Sul). Em 1912, aos 17
anos, Fernando Corona vem a Porto Alegre, para encontrar o pai, também
arquiteto e escultor. Mas, ao invés de levá-lo de volta a Espanha, começa a
trabalhar por aqui como arquiteto/decorador, iniciando seu aprendizado no
ofício com o pai. Também colabora na imprensa, entre o final da década de 1910
e o início da década de 1920, criando capas para a revista Máscara.
Dentre os muitos prédios que tem sua marca podemos citar o Hospital Modelo
(atual Hospital São Francisco), a fachada e os elementos escultóricos do Banco
do Comércio (atual Santander Cultural) e o prédio do Pavilhão Cultural da
Exposição Farroupilha de 1935 (atual Instituto de Educação General Flôres da Cunha). Em sua trajetória como artista
foi contemplado com inúmeras premiações: em 1933 recebe Medalha de Bronze no
Salão Nacional de Belas Artes/RJ, e em 1940 recebe, no mesmo Salão, a Medalha
de Bronze em Arquitetura; no 7º Salão de Belas Artes do RS (1956) obteve
Medalha de Ouro. É autor de dois capítulos sobre escultura e arquitetura no Rio
Grande do Sul publicados na Enciclopédia
Rio-grandense (1957, Porto Alegre). Atuou também como crítico de arte, com
colaborações para periódicos como o Correio
do Povo e a Revista do Globo,
além de publicações de artigos e livros, como Caminhada nas Artes (1940-1977), onde reuniu suas crônicas e
críticas de arte.
O documento é
composto por dois volumes encadernados em cartão rígido: os cadernos são unidos
artesanalmente com barbantes, medindo, cada um, 22 x 28 cm, sendo que o
primeiro volume tem 198 páginas[2] e o segundo 143 páginas[3].
Ambas as pastas têm capas identificadas e ilustradas pelo próprio artista.
Nestas páginas temos, principalmente, fotos dos trabalhos dos alunos e também
algumas anotações manuscritas e recortes de jornais e revistas, que se referem
aos alunos ou a ex-alunos do curso de escultura.
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[1] Artista plástico e
professor Associado junto ao Departamento de Artes Visuais do Instituto de
Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Brasil).
[2] Igualmente disponível
em: http://www.bibliotecadigital.ufrgs.br/da.php?nrb=000953458&loc=2015&l=ac6601d27d45138e
[3] Igualmente disponível
em: http://www.bibliotecadigital.ufrgs.br/da.php?nrb=000953458&loc=2015&arq=2&l=776aad720ada47d0