Arte Pública na Paraíba no início do século XX
Madalena F. P. Zaccara e Darlene Araújo [1]
ZACCARA, Madalena F. P.; ARAÚJO, Darlene. Arte Pública na Paraíba no início do século XX. 19&20, Rio de Janeiro, v. IV, n. 1, jan. 2008. Disponível em: <http://www.dezenovevinte.net/obras/monumento_pb.htm> [English]
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Algumas considerações sobre Arte Pública
1. O agrupamento humano socialmente organizado, que tem na cidade sua expressão mais recente, é o cenário tradicional para a fruição coletiva da arte. Partindo-se da premissa de que Arte Pública é o conjunto de obras de arte pertencentes a uma determinada comunidade vamos encontrar suas primeiras manifestações no ambiente que o homem paleolítico utilizava: a caverna. É lá, portanto, que estão registradas as primeiras formas de representação da atividade que podemos considerar como arte destinada à coletividade. Na caverna-santuário, na morada coletiva ou nos abrigos estratégicos dos caçadores, signos expressos através de representações naturalistas ou não se voltam para a invocação do sagrado ou para o registro dos hábitos sociais comunitários em expressões cujos significados permanecem ainda no terreno das hipóteses arqueológicas (MUNFORD, Lewis, 2000).
2. Para muitos, a noção contemporânea de Arte Pública está ligada ainda à realidade renascentista. Concebida como monumento para preencher as clarificações espaciais que definiam as transformações urbanas do período, ela ligava-se ao poder representado pelo príncipe-mecenas e ao seu desejo de aperfeiçoar um espaço urbano que era reflexo desse poder. Esses monumentos o representavam em sua glória ou ao herói que servia a esse universo de mercadores enriquecidos e eram, normalmente, projetados e executadas por artistas consagrados, o que conferia, prestígio ao núcleo urbano renascentista. A Revolução Francesa, posteriormente, remanejou o poder absolutista e interferiu na produção artística do país e no seu reflexo internacional. A burguesia, de moral rigorosa e rígida, assumindo o poder, passou a exigir uma arte sóbria em oposição ao caráter caprichoso e aristocrático do barroco e do rococó. Vivia-se o Século das Luzes, sustentado na racionalidade e no espírito científico. Pretendia-se, então, impor um estilo apoiado no culto dos heróis contemporâneos ao mesmo tempo em que crescia o interesse e a admiração pela antiguidade clássica com as escavações realizadas em Pompéia, Herculano, Paestum e Atenas. A arte pública passou a ser considerada, dentro dessas circunstâncias, como uma ferramenta educativa para o povo.
3. No Brasil, a Academia Imperial de Belas Artes difundiu inicialmente no Rio de Janeiro e posteriormente no resto do país essa concepção neoclássica que até hoje perdura em monumentos e bustos comemorativos que constituem grande parte do nosso acervo público. Movimentos de vanguarda aconteciam na Europa e seus reflexos começavam a aparecer no cenário brasileiro, na Paraíba modernização significava ver substituído seu aspecto colonial por uma arquitetura neoclássica e eclética. Praças ajardinadas em torno de esculturas homenageando seus homens públicos era a expressão das transformações urbanas que caracterizavam o período. O Estado paraibano que na década de 1930 passou por um período de enfrentamento entre a aristocracia rural e o liberalismo e que teve no cenário local como seu maior representante a figura do presidente posteriormente assassinado João Pessoa, utilizou as fontes neoclássicas para modernizar a sua capital com a construção de monumentos naquele estilo. Assim, clarificações espaciais foram renovadas através de monumentos comemorativos aos heróis contemporâneos que tinham na figura de João Pessoa o seu maior símbolo.
A cidade na década de 1930: o presidente João Pessoa
4. A década de 1930 representou muito para o Brasil e para a Paraíba. Foi um período de acontecimentos marcantes, de lutas políticas e de mudança de poder. O Estado paraibano agitava-se com a disputa entre a aristocracia rural que detinha então o controle econômico e político e os liberais que o ambicionavam e que tinham como seu maior símbolo o presidente João Pessoa[2], sobrinho de Epitácio Pessoa[3] e representante da ascensão de uma nova classe. Durante a disputa aconteceu a morte do governante paraibano na cidade de Recife em 26 de agosto de 1930 por disparos efetuados por seu adversário político João Dantas, membro de tradicional família rural paraibana. Esse foi um dos motivos que contribuíram para a deflagração da revolução de 1930 que resultou no fim da República Velha e deu início à Segunda República.
5. No Estado da Paraíba o reflexo do assassinato do presidente, representante e símbolo das novas forças políticas emergentes de características eminentemente urbanas, provocou conflitos nas ruas, depredações e perseguições por vezes cruentas. A mudança de poder resultou também na mudança do nome da capital do Estado que se chamava, então, Parahyba do Norte para João Pessoa em homenagem ao governante morto. A bandeira do Estado também foi modificada exibindo a palavra de ordem: Nego[4].
6. Foi também durante esta década que a Paraíba passou por transformações em sua configuração urbana. Durante o governo de João Pessoa diversas edificações foram reformadas, praças foram recontextualizadas e criou-se um novo sistema viário, visando uma nova leitura da urbe inspirada nos feitos de Haussman[5] e sua concepção urbana na Paris do século XIX. Após a morte do presidente o interventor federal Antenor Navarro[6] deu continuidade às obras ainda inacabadas da gestão anterior e iniciou novas construções. Naquele período observou-se a chegada de diversos profissionais de outros Estados, entre eles o urbanista Nestor Figueiredo[7] que foi incumbido do plano de remodelação e desenvolvimento da cidade de João Pessoa e Cabedelo, bem como do da então Praça João Pessoa, local onde seria inserido um monumento em homenagem ao presidente morto denominado: Altar da Pátria [Figura 1].
Ambiência do monumento Altar da Pátria: A Praça João Pessoa
7. A relevância da Praça João Pessoa para a cidade homônima remonta à sua colonização. Inicialmente a área era um terreno descampado em frente a um conjunto arquitetônico construído pelos jesuítas (igreja, residência e escola), denominado de Largo do Colégio. No século XVIII, quando os membros da ordem foram expulsos da cidade, suas instalações passaram a servir ao Palácio do Governo e ao Liceu Paraibano. O espaço passou por algumas intervenções, sendo a primeira delas no século XIX, quando o terreno foi transformado em passeio público (recebendo tratamento paisagístico, além da instalação de bancos, iluminação, coreto e um gradil de ferro) no final do século XIX, tornando-se então o espaço público de maior importância para urbe e ponto de lazer da sociedade da época [Figura 2].
8. Posteriormente, no início do século XX a edificação correspondente às instalações do Palácio do Governo passou por reformas recebendo elementos de vários períodos arquitetônicos dentro da perspectiva modernizadora do ecletismo então em voga. Outros prédios foram construídos em volta da praça: a Escola Normal, em estilo neoclássico e o prédio da imprensa do Estado, A União, de características ecléticas inserindo uma contextualização monumental no antigo descampado.
9. Mais tarde, a referida praça, foi batizada como Praça Felizardo Toscano[8]. Em sua terceira e última reforma, realizada na década de 1930 por Nestor de Figueiredo, ela adquiriu novo agenciamento em forma radial, e teve seu nome novamente mudado, desta vez para homenagear o herói liberal morto. É com esse nome que ela permanece até os dias atuais.
10. Na contemporaneidade a Praça João Pessoa reúne em seu entorno o Palácio do Governo, o Tribunal de Justiça e a Assembléia Legislativa[9]. É, por vezes, denominada de Praça dos Três Poderes embora essa não seja a denominação oficial. Continua a se constituir em ponto de encontro de estudantes, intelectuais e do público em geral. É nesse ambiente que se insere o monumento O Altar da Pátria, localizado em seu centro e instalado em 8 de Setembro de 1933.
Considerações sobre as transformações da escultura no período
11. Se no final do século XIX, na Europa, a percepção pictórica alterou-se profundamente, a escultura demonstrou, em paralelo, um espírito bem mais conservador observando uma tradição naturalista com características monumentais principalmente quando voltada para espaços públicos.
12. Na primeira metade do século XIX, os conceitos idealísticos definidos por J. J. Winckelmann[10] se impuseram sendo traduzidos principalmente através da obra de dois escultores: Antonio Canova[11] (1757-1844), e Bestel Thorwaldsen[12] (1770-1844) formando uma corrente escultórica neoclássica internacional que foi sucedida pelo romantismo contido nas obras de François Rude[13] (1784-1855) e Antoine-Louis Bayre[14] (1796-1875). Essa tipologia de escultura, repassada de sentimentos alegóricos ou de conteúdo romanesco, satisfazia o gosto conservador dominante e era facilmente absorvida pelas possibilidades de trabalhos em praças públicas.
13. No inicio do século XX a escultura européia procurava métodos de expressão que se coadunassem com a mentalidade moderna transformada pela tecnologia. No Brasil as primeiras manifestações modernistas escultóricas aconteceram na obra de artistas como Victor Brecheret[15] (1894-1955) na década de 20. As fórmulas neoclássicas e românticas, entretanto, ainda eram preponderantes no país e principalmente no Nordeste, de um país feito de contrastes econômicos. Assim, esperou-se um bom tempo para que acontecesse certa aproximação com o vocabulário moderno. É importante lembrar que a cidade de São Paulo, industrializada, se contrapunha então radicalmente a um Nordeste ainda feudal onde a sonolência artística obedecia a orientações tradicionalistas. Por outro lado, as manifestações de uma modernidade em processo de atualização com o contexto internacional, com exceção de alguns acontecimentos marcantes na vizinha cidade de Recife, viviam uma realidade marginal sem qualquer apoio oficial ou popular.Quando muito eram ignorados pela maioria da população como é o caso do “Clube do Silêncio” , de filosofia e práxis surrealista,que aconteceu ainda na década de 50 na Paraíba e nunca conseguiu entrar sequer para o panorama noticiado dos acontecimentos artísticos locais. Suas ações restringiram-se às manifestações de seus poucos membros, olimpicamente ignorados pela população. Foi dentro dessa ótica artísticamente conservadora, apesar das propostas políticas reformistas do liberalismo, que foi concebida a escultura denominada O Altar da Pátria, objeto de nosso estudo.
Da concepção do monumento: do escultor e da obra
14. Foi através de concurso, elaborado pela administração pública paraibana, que Humberto Cozzo[16], seu nome artístico, escultor formado pelo Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo e que se destacara na concepção de outros monumentos na região e no sudeste do país, venceu a concorrência para a execução da escultura denominada O Altar da Pátria destinada à Praça João Pessoa.
15. O escultor que foi discípulo de Amadeu Zani[17], já havia abordado o mesmo tema em outras ocasiões realizando para a cidade de Campina Grande, na Paraíba, uma escultura em homenagem a João Pessoa e no Rio de Janeiro, em seu mausoléu situado no cemitério São João Batista, uma escultura funerária para o presidente morto. Seu projeto, expresso através de maquete[18], agradou ao então presidente Antenor Navarro, porém também passou posteriormente, pela aprovação de uma comissão técnica composta por professores catedráticos da Escola Politécnica do Rio de Janeiro[19] que a aprovou justificando ser a concepção que mais se aproximava das exigências contidas no edital do concurso.
16. A execução da peça obedeceu a especificações explicitadas no concurso. O granito, de cor clara, utilizado como base para as esculturas em bronze, veio de um bloco de dimensões necessárias para evitar juntas. A execução dos modelos em bronze foi fiscalizada por uma comissão designada para o acompanhamento da obra desde o processo de fundição à colocação do bronze nos moldes e, finalmente, a sua instalação no local ao qual era destinada.
17. O monumento é composto de grupos estatuários alegóricos, simétricos e em escala monumental, executados em bronze e assentados sobre base retangular de granito com dimensões de 10,00x 14,00 metros, totalizando uma altura de 10 metros. Em frente ao Palácio do Governo, denominado então de Palácio da Redenção, localiza-se a figura de João Pessoa com atitude descrita nos jornais da época como “serena e natural” utilizando as vestimentas de costume. Na face leste situa-se uma figura alegórica empunhando a bandeira da Paraíba e com o braço direito distendido em sinal de protesto [Figura 3]. As duas esculturas medem cerca de 2,20 metros de altura. Outros grupos, de maiores dimensões voltam-se para o norte e para o sul. Com vistas para o sul três figuras simbolizam a “ação” [Figura 4]. Para representá-la, uma figura alada, um gênio, guia três indivíduos de características másculas que sustentam uma bigorna e representam o trabalho e a atividade. No lado norte, dois combatentes também conduzidos por uma figura alegórica simbolizam o civismo [Figura 5].
18. A intenção do conjunto é de que os três grupos em torno da coluna de granito simbolizem a coragem, o civismo e a altivez do presidente em sua perpetuação escultórica para a memória e história da Paraíba. O monumento foi inaugurado em 8 de setembro de 1933 com discurso de José Américo de Almeida , secretario da administração de João Pessoa e, posteriormente, ministro da República no governo Vargas.
A cidade e o monumento
19. O espaço urbano contemporâneo, baseado no modelo imposto pela burguesia, que teve em Haussman seu idealizador apoiado pelos vastos poderes conferidos por Napoleão III, implica no relacionamento superficial entre seus usuários gerado pela indiferença e pelo anonimato resultante da nova densidade populacional e das características morfológicas desse tipo de cidade. A estratificação social e cultural cada vez mais contundente nos núcleos urbanos e a violência gerada pelos contrastes constituem-se em agentes do agravamento progressivo do isolamento contemporâneo em relação ao espaço público. A cidade e suas mutações tornaram cada vez mais difíceis o contato do usuário do espaço urbano com o seu entorno e com a arte produzida para fruição da coletividade.
20. No Brasil, a situação agrava-se pelo abandono dos núcleos históricos associados a um processo continuo de migração para áreas consideradas mais nobres e na maioria das vezes de ocupação mais recente, nobreza essa gerada pela especulação imobiliária. Poucos são os bairros ou logradouros que preservam suas características iniciais e escapam à voracidade do mercado e a favelização das áreas abandonadas. A Paraíba não é exceção. Entretanto a referida praça e seu grupo escultórico escapam até os dias que correm, à depredação, vandalismo e mesmo ao esquecimento. Continua sendo ponto de referencia de um centro urbano cada vez mais substituído pelos equipamentos vizinhos ao litoral.
21. A Praça permanece espaço de utilização permanente por parte da população. Sua localização privilegiada a torna palco de manifestações e atos públicos ao longo de sua história. O monumento e suas características alegóricas se inserem, portanto em um universo de fruição que não se contrapõe à sua concepção: comunga com ela. O Altar da Pátria propicia, ainda, informações históricas e artísticas ao flaneur mais bem informado e simboliza, na Paraíba, a resistência à destruição ou esquecimento de um monumento que expressa o vocabulário estético aceito pela cidade no início do século XX [Figura 6].
Referências
A
cidade recebeu, ontem, triunfalmente, o chefe do Govêrno
Provisório. A União. Paraíba, n. 201 p. 1, 8 de set de1933.
AGUIAR, Wellington Hermes Vasconcelos de. Cidade de João Pessoa: a memória do tempo. 3°
ed. João Pessoa: FUNESC, 2002.
Amadeu Zani. http://www.niteroiartes.com.br/exibe_artistas.php?idartista=548&opc=1
Acesso em 13/02/2008.
BENEVOLO,
Leonardo. História da cidade. São Paulo: Ed. Perspectiva, 2001.
A
Paraíba resgata parte de sua imensa divida para com a memória do seu grande
filho: a inauguração, ontem, do monumento a João Pessoa. A União. Parahyba, n. 202 p. 8 de set de1933.
Humberto
Cozzo. http://www.bolsadearte.com/biografias/cozzo.htm
acesso em 10/12/2007.
KRAUS, Rosalind. Caminhos da escultura moderna. São Paulo:
Martins Fontes, 1998.
MELO
José Octavio de Arruda. Historia da Paraíba: Lutas e resistência. João
Pessoa: Editora da UFPB, 2000.
MUNFORD,
Lewis. A cidade na História: suas origens, transformações e
perspectivas. São Paulo: Martins Fontes, 1982.
O culto
da Paraíba ao filho imortal: A inauguração do monumento a João Pessoa. Négo! Ação! Civismo! A União. Paraíba, n. 200, p.
3, 7 de set de 1933.
O
monumento do estado da Parahyba ao grande Presidente
João Pessóa. Entre os projetos apresentados foi
escolhido o do escultor Humberto Cozzo. A União.
Parahyba, n. 237, p. 1, 15 de out de1931.
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[1] Madalena F. P. Zaccara é Doutora em História da Arte pela Université Toulouse II, França, Professora adjunta do Departamento de Teoria da Arte e Expressão Artística da Universidade Federal de Pernambuco, membro da ANPAP, líder do Grupo de Pesquisa Arte Cultura e Memória. Darlene Araújo é Arquiteta e Urbanista, Mestra em Engenharia Urbana pela Universidade Federal da Paraíba.
[2] O paraibano de Umbuzeiro, João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque (1878-1930) era advogado e político. Foi presidente do Estado da Paraíba (1928-1930). Foi tido como herói após sua morte em 1930.
[3] Epitácio Lindolfo da Silva Pessoa (1865-1942), paraibano de Umbuzeiro foi presidente da república entre os anos de 1919 a 1922
[4] A palavra “nego”, denota a não aceitação por parte do Presidente João Pessoa da candidatura de Júlio Prestes, sucessor indicado por pelo Presidente Washington Luis.
[5] Haussman foi prefeito de Paris (1853-1870) e tornou-se referência mundial no urbanismo pelas transformações urbanas que realizou naquela cidade, com abertura de amplos boulevards sobre o tecido urbano medieval.
[6] Antenor Navarro assumiu o governo da Paraíba logo após a morte do Presidente João Pessoa.
[7] Nestor de Figueiredo foi um importante urbanista pernambucano, autor dos projetos urbanísticos para as cidades de Recife (PE), João Pessoa, Cabedelo (PB) e Natal (RN).
[8] Advogado paraibano de Mamanguape (1814-1876), governou a província da Paraíba entre os anos de 1865 a 1866.
[9] Antigo conjunto jesuíta, antiga Escola Normal e local da A união, respectivamente.
[10] Johann Joachim Winckelmann (1717-1768), crítico e historiador da arte alemão, autor do livro História da Arte Antiga, publicado em 1764.
[11] Escultor Italiano de Possagno (1757-1822), estabelecido em Roma, difundiu sua obra nesta cidade, e tornou-se conhecido em toda a Europa, realizando encomendas importantes para a nobreza. Admirador da antiguidade, foi um grande escultor neoclássico.
[12] Escultor neoclássico, admirador da arte grega, nasceu em Copenhague, Dinamarca (1770-1844). Estudou na sua cidade natal, na Academia Real Dinamarquesa de Arte, e em Roma, onde morou por alguns anos, tendo executado trabalhos nesses dois países.
[13] Escultor romântico, nasceu em Dijon, na França (1784-1855), estudou na Escola de Belas Artes em Paris e participou da construção de monumentos nessa cidade.
[14] Escultor parisiense (1796-1875), estudou na École des Beaux Arts no ano de 1818. Adepto do romantismo, ficou famoso pelas suas representações de animais.
[15] Escultor italiano de nacionalidade brasileira, chegou logo na infância no Brasil, e se estabeleceu na cidade de São Paulo. Este escultor de grande importância para o Brasil, foi um dos introdutores da escultura moderna no Brasil.
[16] Humberto Cozzo foi um escultor paulista nascido em 1900, teve formação pelo Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo no ano de 1920. É autor de diversas obras, como por exemplo, o monumento a Machado de Assis na Academia Brasileira de Letras no Rio de Janeiro, entre outros monumentos localizados em museus paulistas, cariocas e no exterior.
[17] Pintor carioca nascido em Niterói (1855-1888), obteve formação pela Academia Imperial das Belas Artes. Participiou de exposição realizadas pela Academia. Suas obras estão expostas em museus cariocas.
[18] A maquete apresentava escala de 1/10.
[19] Entre os convidados estavam Othon H. Leonardos e Domingos J. da Silva Cunha professores catedráticos da Ecola da Politécnica além de João Fulgêncio de Lima Mindello figura ilustre na Paraíba.