Por uma reatribuição do álbum Costumes Italiens (1809), de Debret
Marcelo Gonczarowska Jorge
JORGE, Marcelo
Gonczarowska. Por uma reatribuição do álbum Costumes
Italiens (1809), de Debret. 19&20,
Rio de Janeiro, v. XIII, n. 2, jul.-dez. 2018. https://doi.org/10.52913/19e20.xiii2.02b
[Français]
* * *
1. O
pintor, ilustrador e historiógrafo francês Jean-Baptiste
Debret (1768-1848) é um dos
personagens mais estudados pelos especialistas da história do Brasil, sobretudo
em razão da iconografia por ele registrada ao longo dos três tomos e centenas
de litografias de sua obra Voyage
pittoresque et historique au Brésil (Viagem
Pitoresca e Histórica ao Brasil), publicada em Paris entre 1835 e 1839. No
entanto, apesar do interesse dos pesquisadores por esse personagem, os
trabalhos sobre ele não costumam abordar senão sua carreira após sua chegada ao
Rio de Janeiro em 1816, período considerado o mais fascinante de sua obra. Em
razão disso, ainda há grandes lacunas e imprecisões sobre a primeira metade de
sua vida, antes de sua partida para a América. Com o objetivo de corrigir uma
dessas imprecisões, nós propomos discutir a atribuição de uma obra atualmente
considerada, de maneira equivocada segundo nossa opinião, como de autoria desse
artista. Efetivamente, de acordo com nossas investigações, o álbum Costumes Italiens (1809) [ver fac-símile] não teria sido feito por
Jean-Baptiste Debret, mas por seu irmão mais novo, o arquiteto François Debret (1777-1850). É por isso que,
neste artigo, nós pretendemos: apresentar o documento e sua importância para os
estudos debretianos; demonstrar que é bastante improvável que o pintor o tenha
desenhado; e argumentar que muito possivelmente foi seu irmão quem o produziu -
e que por todas essas razões é de François Debret a autoria.
2. O
único exemplar conhecido desse pequeno álbum de 1809 pertence, atualmente, ao Département des Estampes et de la
Photographie da Bibliothèque
nationale de France (BnF). Intitulado Costumes Italiens, ele compreende
31 gravuras coloridas, que representam tipos populares italianos, sobretudo
camponeses de Nápoles e de Roma. Sua capa apresenta as seguintes informações
manuscritas [Figura
1]:
Costumes Italiens
Dessinés à Rome en 1807.
Par Debret
Grav. p. L. M. Petit.
3.
O “Debret” designado na capa do documento tem
sido interpretado, há muito tempo, como sendo Jean-Baptiste. Em razão disso, o
álbum tem um significado especial para os pesquisadores de Debret, já que seria
o « primeiro ensaio » do artista na representação sócio-etnográfica
de terras estrangeiras, estabelecendo, dessa maneira, as bases para sua célebre
Viagem Pitoresca. Baseado nas
gravuras desse pequeno álbum do Departement
des Estampes, Julio Bandeira propôs uma análise do estilo de Debret, ao
compará-las às pranchas da obra de 1837-1839:
4.
Seus tipos
italianos, que seriam gravados por L. M. Petit em 1809 numa série de 31
pranchas, são duros como estátuas. Parte dessa rigidez irá perdurar no Brasil
nos seus índios e quadros históricos; ele se livraria desse engessamento
greco-romano apenas nas calçadas e ruas cariocas.
5. Outros autores, sempre se baseando nas informações da
capa do álbum, fizeram ilações que não têm, no entanto, fundamento documental.
Naves,[2] por
exemplo, em seu célebre e influente texto sobre Jean-Baptiste Debret, afirmou
que, “[...] em 1807 Debret recebe uma bolsa de estudos para
a Itália [...]" e que ele teria morado aí durante dois anos.
Como Naves não apresentou a fonte desses dados, nós deduzimos que ele fez essas
suposições a partir das informações manuscritas sobre a capa.
6. O
catálogo on-line da BnF designa efetivamente Jean-Baptiste Debret como um dos
autores desse álbum, a título de desenhista (“dessinateur”), e Louis-Marie
Petit (1784-18[...]), a título de gravador.[3]
Não se sabe, na realidade, quando essa atribuição foi feita, mas ela
praticamente nunca foi questionada por especialistas em Debret, como Prado,
Gruzinski e Bandeira.[4]
7. 7. A
primeira pesquisadora que colocou em dúvida essa atribuição foi Valéria Lima,
especialista brasileira no artista. Em seu livro sobre Debret,[5]
decorrente de sua tese de doutorado, ela comenta o seguinte:
8.
A literatura sobre Debret informa-nos que, em
1809, o artista teria publicado um álbum de costumes italianos. O exemplar
pertencente ao acervo da Biblioteca Nacional de Paris traz o seguinte título e
informações: Costumes Italiens, dessinés à Rome par Debret, gravés p. L.M.
Petit en 1809. Essas informações, assim como as referências das 30 imagens
que compõem o álbum, são manuscritas. As gravuras são coloridas, registrando
hábitos e costumes da população italiana. É natural que essas imagens tenham um
significado importante para sua iconografia brasileira, demonstrando o
interesse e o talento de Debret para esse tipo de representação. Não há, porém,
notícias mais concretas a respeito da publicação desse álbum e, nem mesmo, de
uma viagem de Debret à Itália nesse período.
9. Efetivamente,
nesse ponto das pesquisas já realizadas sobre Debret, seja por nós ou por
outros pesquisadores, nenhuma fonte da época foi encontrada que fizesse
referência a uma viagem de Jean-Baptiste Debret nesse período, muito menos a
esse álbum. Isso não significa necessariamente, que ele não a tenha feito; isso
indica simplesmente que não haveria registro desse deslocamento - fora o
próprio álbum, no caso de reconhecermos a atribuição a Jean-Baptiste Debret. No
entanto, acreditamos que há elementos suficientes para indicar que esse
deslocamento teria sido muito improvável nesse ponto da vida do artista e que
sua autoria pode ser atribuída - acima de qualquer dúvida - a seu irmão mais
novo, François Debret. Para introduzir esses argumentos, nos parece indispensável
começar por apresentar uma pequena cronologia da vida de Jean-Baptiste.
10. Jean-Baptiste
Debret nasceu em 1768, em Paris. Egresso de uma família com numerosas conexões
nos círculos de artistas e de arquitetos da capital, ele entrou cedo no ateliê
de Jacques-Louis David, que acompanharia durante sua estadia em Roma, entre
1784 e 1785. Durante os anos de 1790, concorreu ao Grand Prix de Rome (granjeando um segundo lugar em 1791), tornou-se
professor de desenho na École centrale
des travaux publics, futura École
Polytechnique (1794) e participou do Salão de Paris com uma pintura de
história (1798). Entre 1798 e 1804, trabalhou para a firma de arquitetura e
Charles Percier e de Pierre-François-Léonard Fontaine, foi professor de desenho
do Collège Sainte-Barbe (de 1801 a
1810, pelo menos) e expôs novamente no Salão (1804). Entre 1806 e 1812, fez
parte da multidão de pintores reunidos por Dominique-Vivant Dénon (1747-1825)
para pintar a epopeia napoleônica. Em 1816, partiu para o Brasil, de onde
retornaria em 1831. Em Paris, publicou centenas de aquarelas e de desenhos
produzidos durante sua longa estadia sul-americana, formando os três tomos da Viagem
Histórica e Pitoresca ao Brasil. Morreu em 1848, sem descendência direta.[6]
11.
Nada nos
permite afirmar que tenha havido um deslocamento de Debret para a Itália em
1807 ; além disso, a ocorrência de tal viagem parece bastante improvável.
No Salão de 1806, Debret expôs uma tela de tema napoleônico, Napoleão homenageia a coragem desafortunada
(Versalhes, Musée national du Château), e, no Salão de 1808, Napoleão condecora em Tilsitt um soldado do
exército russo com a cruz da Legião de Honra (Versalhes, Musée national du
Château), o que tornaria viável para uma viagem a Roma apenas o ano de 1807,
não fosse pela Institution Sainte-Barbe,
com a qual estava comprometido como professor de desenho desde 1801. Não é,
evidentemente, impossível que ele tenha tirado férias para ir à Itália, mas - devemos repeti-lo -, se há fontes que o colocam em Paris
em 1806, 1807 e 1808, não há nenhuma que o coloque em Roma nesse período, caso
descartemos a inscrição no caderno Costumes
Italiens como fonte confiável. Efetivamente, se o álbum for reatribuído, a
hipótese de que Jean-Baptiste Debret tenha ido à Itália em 1807 será
logicamente descartada.
12. Não podemos, então, afirmar com certeza que Jean-Baptiste
Debret tenha viajado à Itália depois de 1785, mas podemos afirmar sem sombra de
dúvida que seu irmão mais novo, François, fez essa viagem, precisamente na
época indicada na capa do álbum. François Debret foi um arquiteto muito
conhecido na primeira metade do século XIX. Aluno de Percier e de Fontaine, ele
concorreu ao Grand Prix de Rome de
Arquitetura em 1798, mas fracassou. Nessa época, ele foi recrutado pelo Exécito
revolucionário, para o qual projetou alguns edifícios. Em 1806, ele partiu com
seu homólogo e amigo Hyppolite Lebas (ou Le Bas, 1782-1867) para a Itália, onde
produziu uma grande quantidade de desenhos, inclusive alguns que utilizou no
livro Œuvres complètes de
Jacques Barozzi de Vignole (sic), publicado em coautoria com
Lebas em 1815. François Debret tornar-se-ia um dos arquitetos mais importantes
da França; além de membro do Institut de
France, foi nomeado oficial da Legião de Honra.[7]
13. Como
acabamos de apontar, François Debret partiu, efetivamente, para a Itália em
1806, onde teria ficado por vários anos. Essa viagem, bem documentada,
teria fornecido a base para as pranchas e para o texto das Œuvres complètes de Jacques Barozzi de Vignole, publicado
mais adiante, em 1815. Durante sua estadia italiana, Debret, o arquiteto,
realizou uma quantidade enorme de desenhos, a maioria, desenhos arquitetônicos
de edifícios italianos e paisagens, mas ele também fez alguns desenhos de figuras
humanas, sobretudo de camponeses locais. Essas obras pertencem, atualmente, ao
acervo da École Nationale Supérieure des
Beaux-Arts de Paris, e parece claro que elas serviram de referência para as
gravuras do álbum Costumes Italiens
da BnF, principalmente porque algumas dessas pranchas são praticamente
idênticas aos desenhos que François Debret fez na Itália.
14. O exemplo mais ilustrativo dessa similaridade de tema e de
estilo pode ser encontrado na comparação entre a prancha nº 23 dos Costumes Italiens (a Choucharde de Mola) [Figura 2] e a aquarela Mola
di Gaeta, femmes (PC 77832, 6, 110), de François Debret [Figura 3]. A gravura é, com exceção de alguns pequenos detalhes,
uma cópia invertida do torso da figura central,[8] feita na Itália por Debret, o Jovem. Essa
"cópia" de temas entre os dois conjuntos repete-se inúmeras vezes,
como no caso da prancha nº 18 dos Costumes
Italiens e da aguada Fondi: femme de
dos (PC 77832, 6, 105), e no caso da prancha nº 2 e, novamente, da aquarela
Mola di Gaeta, femmes (PC 77832, 6,
110).
15.
Aos argumentos
cronológico e iconográfico, apresentados acima, podemos agregar também
documentos da época que parecem derrubar toda dúvida em relação à atribuição. O
Journal Typographique et Bibliographique,
na sua edição nº VII, ano 12, de 13 de fevereiro de 1809, menciona, por
exemplo, a publicação de algumas pranchas desse álbum, na seção Gravuras :
16.
Acabam
de ser publicados os doze primeiros números de uma série de Tipos Italianos [Costumes
Italiens], no formato das Modas Francesas, desenhados in loco ; por F.D. e
H.L e gravados por L. M. Petit, contendo os reinos de Nápoles e da Itália e os
Estados Papais. A cada semana, serão publicados dois, até o total de trinta,
quando termina a coleção. Preço : 30 cent. cada número.
17.
Em
Paris, com Martinet, livreiro, rua do Coq Saint-Honoré, nº 13 e 15 ; rua
dos Mathurins-St.-Jacques, nº 18 ; e com L. M. Petit, gravador-editor, rua
do Battoir Saint-André-des-Arcs, nº 3.[9][10]
18. Caso comparemos essa notícia ao álbum Costumes Italiens, não há como duvidar
de que se trata de um anúncio dessa publicação. Efetivamente, o título é o
mesmo (Costumes Italiens), a data é a
mesma (1809), o gravador é o mesmo (L. M. Petit) e o conteúdo também
(camponeses dos reinos napoleônicos da Itália e seus trajes). O mais
importante, nesse caso, é que o jornal indica os autores dos desenhos,
"F.D. e H.L.", e informa que as imagens foram realizadas in
loco. F. D. e H. L. Não podem ser outros senão François Debret e Hippolyte Lebas,
que, como salientamos anteriormente, moraram na Itália por um período de tempo
incerto, mas que começou em 1806 (ou seja, antes de 1809, data da publicação do
álbum). No que se refere a essas iniciais, deve-se enfatizar que os dois
arquitetos já haviam assinado da mesma maneira ao menos em outra gravura, em
1804.[11]
19. O nº
XXVII do Journal Typographique et
Bibliographique, de 5 de julho de 1809, ou seja, de quatro meses após a
edição citada anteriormente, informa que
20.
Acaba
de ser publicada uma série de Tipos Italianos [Costumes Italiens], no formato
das Modas Francesas, desenhados in loco ; por P. D. [sic] e H. L., e
gravados por M. Petit : contendo os reinos de Nápoles e da Itália, e os
Estados Papais. Essa coleção, compreendendo 30 números, é vendida por 9 fr. Em
Paris.[12][13]
21. Caso se considere, como nos parece evidente, que
"P.D." é, na realidade, um erro de redação para F. D., parece
indiscutível que o conjunto das pranchas dos Costumes Italiens é das mãos de François Debret e de Hippolyte
Lebas.
22. Há, no entanto, um fato contraditório entre a notícia do Journal e o álbum. O periódico anunciou
a publicação de uma série de 30 gravuras, mas o caderno da BnF conta com 31.
Essa incongruência decorre, segundo nossa opinião, da constatação de que a
última prancha, nº 33 [Figura 4], não
pertence ao conjunto. Em primeiro lugar, do ponto de vista estilístico, as
figuras dessa prancha parecem mais arredondadas que as das estampas
precedentes. Além disso, o tamanho dela é menor (22 x 14 cm, contra 25,5 x 16,5
cm das outras). No que se refere às inscrições, as pranchas de nº 1 a nº 30 dos
Costumes Italiens não levam nenhum
texto impresso, apenas manuscrito; a última, no entanto, tem diversas
inscrições gravadas:[14] seu número da série (33, portanto, três números após o
último anunciado, o 30), o título da série (Costumes
Italiens), um subtítulo (Donne di
Cascano) e uma assinatura abaixo da imagem, no local geralmente onde se
coloca a identificação do gravador, que neste caso é Maleuvre. Deve-se
ressaltar que este é um gravador (e frequentemente desenhista) reconhecido do
começo do século XIX, que publicou diversas séries de trajes e de tipos, entre
os quais da Suíça, da Espanha, da Alemanha, da França e da Itália, em
água-forte e coloridas, durante o Império e a Restauração.[15] De fato,
no álbum Ef 227(b) da BnF, especialmente consagrado à sua obra, encontra-se o
exemplar original da prancha 33 dos Costumes
Italiens. Parece-nos certo, considerando-se o que foi discutido, que a
estampa nº 33 foi ajuntada posteriormente ao caderno de Debret, ao qual não
pertence em absoluto. Isso explica de maneira objetiva a divergência entre a
notícia do Journal e os Costumes Italiens da BnF.
23.
À guisa
de comparação estilística entre os Costumes
Italiens e a obra de Jean-Baptiste Debret em geral, nos parece que basta
apontar, no caso da Viagem Pitoresca,
que as figuras desta são arredondadas e graciosas, enquanto as do caderno de
viagem da BnF são mais geométricas, aproximando-se de círculos e retângulos.
Falta a estas certa elegância; são pesadas, largas, e não parece terem sido
feitas com facilidade (por exemplo, aquela do nº 4, Femme à Ostie). Há, em certas pranchas, erros anatômicos evidentes,
como as enormes mãos do Pénitent, da
prancha nº 5 [Figura 5], que
estão fora de proporção - falta que não se repete em nenhum dos desenhos
conhecidos de Jean-Baptiste Debret, artista formado na rígida escola de
Jacques-Louis David.
24. Na
página 90 do documento Registre des
Dépots faits au Cabinet des Estampes et Planches-gravées de la Bibliothèque
nationale (Registro dos depósitos deixados no Gabinete das estampas e
pranchas-gravadas da Biblioteca Nacional), datado de 10 de janeiro de 1809,
encontra-se o registro de depósito de “dois exemplares do primeiro Caderno de
Tipos (coloridos) Italianos, desenhados em Roma por F. De Bret e gravados pelo
depositário [L. M. Petit] [...].”[16][17] Esse fato por si só já parece confirmar
a autoria da obra.
25. Diante
do exposto, parece-nos que seria um erro insistir na atribuição a Jean-Baptiste
Debret do álbum Costumes Italiens.
Conforme verificamos, em primeiro lugar, não há nenhum indício de que ele tenha
usufruído de uma segunda estadia italiana, sobretudo em 1807; em seguida, vimos
que François Debret foi à Itália em 1806 e passou anos lá, na companhia de seu
amigo Hippolyte Lebas; depois, apresentamos fontes da época que confirmam a
publicação, em 1809, de um caderno de Costumes
Italiens, assinado por F. D. e por H. L., desenhados de observação nos
reinos italianos; além disso, a baixa qualidade do desenho descarta uma relação
estilística direta entre essas pranchas e a obra de Jean-Baptiste Debret.
Dessa maneira, acreditamos que o verdadeiro autor do documento é, na realidade,
François Debret, assim como, possivelmente, Hippolyte Lebas. A revisão da
atribuição dessa obra faria justiça a seus verdadeiros criadores e evitaria uma
interpretação incorreta do percurso artístico do pintor Jean-Baptiste Debret.
______________________________
[1] Trajes Italianos |
Desenhados em Roma em 1807. | Por Debret | Grav. p[or]. L. M. Petit. | Em 1809
[2] NAVES, Rodrigo. A forma difícil: ensaios sobre arte brasileira.
2e ed. São Paulo: Ática, 1997, p. 99.
[3] Bibliothèque Nationale
de France. Notice de personne. In: Catalogue général de la BnF. Disponível em: <http://catalogue.BnF.fr/ark:/12148/cb1452838800>. Acessado em: 8 de
março de 2016. No entanto, em 2018, Valérie Sueur-Hermel, curadora responsável
pelas gravuras do século XIX do Departement des Estampes et de la Photographie,
nos informou que, após verificar a documentação da BnF, decidiu retificar o
catálogo on-line, mudando o autor para François Debret, informação constante
dessa página atualmente.
[4] Ver J. F. de Almeida
Prado (1973), Serge Gruzinsky (2001) e Julio Bandeira (2008).
[5] LIMA, Valéria Alves
Esteves Lima. J.-B. Debret, historiador e pintor: a viagem pitoresca e histórica ao
Brasil (1816-1839). Campinas: Unicamp, 2007, p. 85.
[6] Ver
Jean-Baptiste Debret (1839), Valéria Alves Esteves Lima
(2007), Julio Bandeira (2008) e Marcelo Gonczarowska Jorge (2016).
[7] SARRUT, Germain; SAINT-EDMÉ,
B. Biographie des hommes du jour. Paris: Henri Krabbe,
1837, t. 3, part 2, p. 118-120.
[8] Essa inversão é
facilmente explicada pelo conhecido efeito de “espelhamento”, decorrente dos
procedimentos técnicos de reprodução de desenhos em calcogravura, nos casos em
que o gravador não se deu ao trabalho de evitá-la.
[9] “Il vient
de paroître les douze premiers numéros d´une suite de Costumes
Italiens, dans le format des Modes Françaises, dessinés
sur lieux; par F.D. et H.L. et gravés par L. M. Petit, contenant les
royaumes de Naples et d´Italie et les Etats du Pape. Il
en sera mis deux au jour par semaine, jusqu´au nombre de trente, où sera
porté [sic] la collection. Prix: 30 cent. chaque numéro.
| A Paris, chez
Martinet, libraire, rue du Coq Saint-Honoré, n° 13 et 15; rue
des Mathurins-St.-Jacques, n° 18 ; et chez L. M. Petit, graveur-éditeur,
rue du Battoir Saint-André-des-Arcs, n°. 3.”
[10] JOURNAL TYPOGRAPHIQUE ET BIBLIOGRAPHIQUE, Paris, Pillet, ano 12, n.
7, 13 de fevereiro de 1809, p. 392.
[11] SAMOYAULT, Jean-Pierre.
La formation de l’emblématique napoléonienne et sa diffusion dans les arts
décoratifs de l’époque impériale. In: L’aigle et le papillon: symboles des
pouvoirs sous Napoléon (1800-1815). New York; Paris: Les arts décoratifs; AFA,
2007, p. 52-61. Catálogo da exposição apresentada no Musée d’arts décoratifs de
Paris (entre outros), de 2 abril a 5 de outubro de 2008, p. 54.
[12] “Il vient
de paroître une suite de Costumes italiens, dans le format des Modes
françaises, dessinés sur les lieux; par P. D. [sic] et H.
L., et gravés par M. Petit: contenant les royaumes de Naples et d´Italie, et
les Etats du Pape. Cette collection, au nombre de trente numéros, se vend
9 fr. pour Paris.”
[13] JOURNAL TYPOGRAPHIQUE
ET BIBLIOGRAPHIQUE, Paris, Pillet, ano 12, n. 27, 3 de julho de 1809a, p.
550.
[14] Ela leva, também, duas
inscrições manuscritas, "Roy.me de Naples" (Reino de Nápoles)
et "double" (duplicata).
[15] BARBIN, Madeleine; BOURET,
Claude (éd.). Inventaire du
fonds français: Graveurs du XIXe siècle. Paris: BnF,
1985, t. 15 (Mabille-Marville), p. 57-58.
[16] "Deux exemplaires
du premier Cahier de Costumes (coloriés) Italiens dessinés à Rome par F. De
Bret et gravés par le Deposant [sic] [L. M. Petit] [...]."
[17] REGISTRE DES DEPOTS FAITS AU CABINET DES ESTAMPES ET PLANCHES-GRAVEES
DE LA BIBLIOTHEQUE NATIONALE: 1804-1812. Paris: s.e.,
1804-1812. Manuscrito. Número de chamada da BnF: RESERVE YE-79 (2)-PET
FOL, p. 90.