As Imagens de Roca Pertencentes à "Festa da Dor" na Cidade de São Cristóvão-Sergipe

Ivan Rêgo Aragão [1]

ARAGÃO, Ivan Rêgo. As Imagens de Roca Pertencentes à "Festa da Dor" na Cidade de São Cristóvão-Sergipe. 19&20, Rio de Janeiro, v. VII, n. 2, abr./jun. 2012. Disponível em: <http://www.dezenovevinte.net/obras/imagens_roca.htm>.

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Introdução

Ao ser transplantado para a América Portuguesa durante o Brasil colônia, o culto da Paixão esteve presente no programa iconográfico das irmandades das Ordens Terceiras do Carmo do país. O fato em questão proporcionou, no período dos Seiscentos aos Novecentos, a produção de uma imaginária processional relacionada à devoção dos últimos momentos da vida de Cristo. Embora também fossem utilizadas como peças de culto e decoração no interior das igrejas - assim como as imagens de talha inteira -, a função de destaque das imagens de roca estava destinada às festas processionais e encenações de culto público.

Com uma manufatura diferenciada, eram confeccionadas quase sempre em tamanho natural, com articulações e olhos de vidro, e incorporadas vestimentas em tecido, joias e cabelos. A utilização desses adereços tinha o intuito de tornar mais realista, teatral e dar dramaticidade a cena. A presente pesquisa se detém na imaginária processional utilizada na festa quaresmal na cidade de São Cristóvão-SE: Nosso Senhor dos Passos e Nossa Senhora das Dores. O objetivo principal é descrever os aspectos históricos, sociais e estilísticos sobre as imagens de roca na Festa ao Nosso Senhor dos Passos. Os objetivos específicos são relatar a singularidade do achado da imagem de roca do Senhor dos Passos e averiguar que as imagens em questão são vetores de identidade e pertencimento em Sergipe.

Inicialmente, utilizou-se a pesquisa bibliográfica, documental e digital com o aporte teórico de Brasil (2001), Campos (2000, 2004), Flexor (2003, 2005), Oliveira (2000), Quites (1997, 2006, 2007), Orazem (2006) e Rabelo (2009). A pesquisa documental foi baseada nos manuscritos do Fundo Serafim Sant’iago, acervo pertencente ao Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, e no Inventário Nacional dos Bens Móveis e Integrados de Sergipe e Alagoas do Iphan em Sergipe. Por fim, foi realizada a pesquisa de campo, através da observação in loco, com colhimento de depoimentos de alguns residentes.  Ao final, do estudo se constatou que, atualmente, as imagens de roca em São Cristóvão-Sergipe vão além da função religiosa: são também objetos que criam vínculos sociais e de identidade, bens culturais (material e imaterial) e atrativos turísticos.

As Imagens de Roca e de Vestir

As imagens das figuras de Cristo e Nossa Senhora, sempre exerceram fascínio dentro da religião cristã. No catolicismo, a adoração de imagens faz parte da doutrina, sendo recomendado o seu culto e devoção como mediador no diálogo com Deus. Possuindo uma larga propagação na Espanha, também tornaram-se objetos de religiosidade e culto público em Portugal. As esculturas foram transplantadas para a América Portuguesa, vindas com os padres das Ordens Religiosas. Com a União Ibérica (1580-1640)[2], as imagens de roca tiveram grande aceitação em Salvador (FLEXOR, 2005) e, consequentemente, em São Cristóvão, visto que a província de Sergipe Del Rey, até 1820[3], estava ligada tanto política, como religiosamente à Bahia (NUNES, 2007).

Nos estudos de Quites (1997, 2007), é mencionado que tanto a Imagem de Vestir como a de Roca são articuladas, porém os seus membros ficam escondidos sob as roupas. “Essas duas categorias geralmente possuem perucas de cabelos naturais e vestes feitas em tecido” (1997, p. 1). Desde o século XVIII, foram feitas para serem utilizadas nas procissões e serviam para tornar a cena mais realística e dramatizada. Por se tratarem de esculturas confeccionadas para receberem uma vestimenta, a grande maioria delas tinham uma talha pouco elaborada. Flexor (2005) menciona que, na Salvador setecentista,

A possibilidade de mudar a roupagem e gestos se coadunava perfeitamente com a teatralidade barroca e com que a cena pedia. Essa prática, como se viu, remontava a Idade Média, quando, nas teatralizações das vidas dos santos, a Igreja tomou emprestada do teatro de marionetes o uso de bonecos, vestidos de acordo com a cena que representavam. (p. 529)

Até o final do século XIX, as imagens de roca foram importantes instrumentos de propaganda religiosa católica contrareformista. Relegadas por anos, vêm sendo estudadas por historiadores e pesquisadores da história da arte em Minas Gerais, Bahia e Rio de Janeiro[4] como objetos que possuíam relevância didática, social, religiosa e facilitadores para a filosofia barroca trentina da Contrareforma. Rabelo (2009) reforça o caráter das imagens de roca ao mencionar que, “[...] estas imagens faziam parte de um espetáculo artístico efêmero de forte comoção, que, finito numa duração temporal, deixaria impregnada uma impressão comovente e transformadora no fiel” (não paginado). Foram importantes objetos de culto e devoção para a conversão de ameríndios, europeus e africanos em terras coloniais, relembrando a força da Igreja em solo brasileiro.

Criadas e enfatizadas pela matriz sensorial das procissões, as imagens provocavam emoções e lágrimas nos fieis. E essas lágrimas, inclusive recomendadas pelas Constituições Primeiras do Arcebispado da Bahia[5], surgiam diante das cenas de sofrimento de Cristo e de Maria. Outras levavam à meditação. Criavam, por assim dizer, o cenário propício (FLEXOR, 2005, p. 165).

Quando não estavam em cima das charolas nas procissões, serviam para o culto dentro das igrejas [Figura 1]. Eram periodicamente limpas, trocadas de roupa, cabelo e joias. Inicialmente tinham vestes simples para representar a luto, no caso de Nossa Senhora nas cenas da Paixão. Com a responsabilidade a cargo das irmandades e ordens terceiras, as imagens passaram a serem ornadas com tecidos e joias mais caros. Flexor (2005) menciona que, em Salvador, no século XVIII,

A participação das Irmandades e da população na ornamentação de imagens fez o luxo ser, cada vez, mais crescente. O setecentos substituiu as antigas vestes negras por preciosas vestimentas, de finos tecidos - veludos, sedas, brocados -, por vezes bordados a ouro ou prata que, em conjunto com os demais ornamentos - pérolas, marfim, pedras semipreciosas -, contribuíam significativamente para a verossimilhança da imagem com figuras luxuosas das Cortes. No século XVIII, muitas figuras desses cenários foram enriquecidas, especialmente os mantos da Virgem. [...]. Para sair à rua nas procissões, os Santos vestiam-se, portanto, com luxo e não só usavam joias como tinham sua coleção particular de peças de ouro, prata e pedras preciosas. No imaginário popular, a Virgem e o Cristo Crucificado, os Santos e Santas amavam as riquezas, como os seres humanos, e talvez até mais. (p. 173)

Características das Imagens de Roca na Festa de Passos em São Cristóvão-Sergipe

Dentro das tipologias das imagens, dimensões e tecnologia de construção, o presente artigo destaca as imagens de roca que estão inseridas na festa sãocristovense para a representação cênica dos Passos do Senhor a caminho da crucificação. Sendo a invocação escultórica do Cristo e sua Mãe os principais objetos de devoção e personagens da comemoração sacra, já fazem parte do imaginário e memória coletiva dos participantes. O destaque fica para a imagem que representa Jesus, que possui olhos de vidro, cuja indumentária e peruca são trocadas a cada edição da festa [Figura 2].

São imagens articuláveis, que foram construídas no século XVIII ou XIX (BRASIL, 2001), representando Nosso Senhor dos Passos e Nossa Senhora das Dores[6], e que fazem parte do acervo da igreja da antiga Ordem Carmelita. Segundo o Inventário de Bens Móveis e Integrados (2001), ambas as imagens, têm proteção legal nos níveis estaduais e federais, bem como tombamento em conjunto com a Igreja da Ordem Terceira do Carmo [Figura 3]. Ambas as imagens do Senhor dos Passos e de Nossa Senhora estão inscritas no Livro Histórico, volume I, folha 35 e de Belas Artes, volume I, folha 60 (BRASIL, 2001).

Construídas em madeira policromada, são destinadas ao culto interno da igreja, mas principalmente, ao culto público. São utilizadas para rememorar uma das Dores de Maria, ao encontrar o seu Filho na Via da Amargura.[7] Ambas as esculturas possuem cabeça e mãos, porém, por estar com um dos joelhos tocando o chão, a imagem do Senhor dos Passos se apresenta com um dos pés aparente. Como a imagem de Cristo, a de Maria tem o corpo confeccionado em uma armação em madeira forrada com um tecido azul [Figura 4].

Em depoimento, o senhor Henrique dos Santos[8] salientou a importância no processo de revisão do estado de conservação da imagem. Pela sua dupla função, social e religiosa é fundamental que se mantenha a imagem com a sua estrutura e estética intacta, para que ela continue exercendo esses dois papéis na sociedade (MAUÉS; HERRERA-ROMERO; QUITES, 1998). Haja vista que, muitos devotos, não se contentam apenas em olhar e venerar Nosso Senhor dos Passos: eles querem tocar a imagem, jogar roupas e objetos de ex-votos em pagamento de promessa, danificando a carnação ou até como já ocorreu, desarticulando o braço da imagem. Esse fato também foi relatado por D. Neném, moradora local. A depoente informou que “[...] teve um ano que jogaram bastantes vestes roxas em pagamento de uma promessa, que o braço do Senhor dos Passos descolou [...]”[9].

Localização, Descrição e Rito de Preparação das Duas Imagens Sãocristovenses

Segundo o Inventário Nacional de Bens Móveis e Integrados (2001), a imagem do Senhor dos Passos e Nossa Senhora das Dores fazem parte do acervo da Igreja da Ordem Terceira Carmelita, também conhecida popularmente como Igreja do Senhor dos Passos, por abrigar em seu altar mor a imagem em madeira com a iconografia do caminho do calvário. No período da Festa de Passos, acontece o descendimento da imagem do Senhor dos Passos, bem como o deslocamento da imagem de Nossa Senhora. Os objetos sacros saem do espaço de culto do interior da igreja e passam para o culto externo das ruas através das procissões no centro antigo da cidade, sempre quinze dias após o carnaval. Durante a festa, e após três semanas onde ainda são rezados três Ofícios da Paixão, as esculturas do Senhor dos Passos e de Nossa Senhora permanecem em charolas, lado a lado, para a visitação dos devotos, penitentes, turistas e curiosos.

De acordo com o Sr. Henrique, “[...] um grupo de homens prepara o Senhor dos Passos e um grupo de mulheres Nossa Senhora das Dores [...]”. É um ritual cercado de mistério, onde homens e mulheres leigos, que fazem parte da comunidade trocam a roupa e a cruz da imagem[10], arrumam os cabelos, perfumam e observam seus estados de conservação. Na adolescência, D. Maria do Carmo, que é devota de Senhor dos Passos, começou a bordar a roupa das esculturas que saiam na procissão e até os dias atuais, com as esculturas arrumadas, perfuma o Senhor dos Passos e Nossa Senhora[11]. Sobre a periodização das imagens da Igreja do Carmo Menor, Orazem (2006, p. 72) menciona que,

Todas as esculturas - imagens sacras - existentes na igreja da Ordem Terceira não são do período colonial, notando-se uma quantidade de esculturas do período Neoclássico e até mesmo de período posterior. Confirma-se essa afirmação quando, ao se deparar com as imagens, não se percebe nenhuma característica marcante do período colonial, ou seja, esculturas com movimentação, ou com fisionomias realistas. Existem algumas esculturas de roca, com o corpo articulado e que possuem vestuária, porém, estas são do período posterior por volta de século XIX ao início do XX.

O Inventário de Bens Móveis e Integrados (2001) descreve a imagem do Senhor dos Passos como uma peça erudita de boa fatura, provavelmente do século XIX, podendo ser de origem portuguesa ou baiana. Masculina, genuflexa, com a cabeça pendida para frente, possui cabelo na forma de uma peruca e um resplendor em formato circular, com feixes de raios retos, centralizado por um girassol estilizado com pedra aparente e em ressalto.

A imagem ainda apresenta testa com a marca da coroa de espinho, olhos abertos, nariz aquilino, com orifícios, boca entreaberta com dentes. Possui bigode cheio sobre barba curta, cheia, esculpida em sulcos e repartida em duas partes. Os braços são articulados a frente: o direito tem a mão segurando a parte inferior do lenho da cruz, o esquerdo possui a mão segurando o transepto. Encontra-se vestindo túnica roxa e cordão dourado amarrado à cintura. O objeto tridimensional representa a cena iconográfica do sexto passo da Paixão, onde Cristo leva a cruz nas costas e coroa de espinhos na cabeça.

A imagem de Nossa Senhora é uma peça de boa fatura, rosto suave e expressivo, podendo ser datada do final do século XVIII ou início do XIX (BRASIL, 2001). É uma imagem de roca feminina com a cabeça encoberta por um manto em tecido lilás, olhos abertos, nariz aquilino com orifícios e boca entreaberta [Figura 5 e Figura 6]. Braços articulados, mãos sobre o peito, corpo esculpido em tecido azul sugerindo túnica e revestindo estruturas em ripas sobre base de madeira.

O Mito do Achado da Imagem do Senhor dos Passos

De acordo com a tradição oral, confirmada pelo manuscrito de Serafim Sant’iago[12], a origem da tradicional devoção do Senhor dos Passos vem de uma época “muito remota”. Segundo o autor citado (2009, p. 180), às homenagens a Jesus Cristo sob esta invocação, tiveram início a partir de uma história que remete ao achado da imagem no rio Paramopama, afluente que beira a cidade pela parte baixa. Ele menciona que:

Um homem praiano, (diziam elles), cujo nome não me lembro, encontrou certo dia, rolando pela costa que fica ao sul da Cidade, um grande caixão resultado talvez de algum naufrágio de alguma sumaca; elle cuidadosamente rolou-o para a terra, abrio-o e surprehendido ficou verificando a existência de uma perfeitíssima Imagem de roca em tamanho natural. O homem de educação religiosa, muito honesto, tomou uma canôa e nella acomodou o referido caixão, e com outros companheiros transportou para a velha cidade, o feliz e milagroso achado. Foi esta sagrada Imagem ali entregue aos frades jesuítas carmelitas que collocou em uma capelinha da Egreja - Ordem 3a. do Carmo, e depois de longos annos, mudada para o Throno do Altar-mór da mesma Egreja. Como sabem, sempre foi no segundo domingo da quaresma, o dia aprasado para effectuar a tradicional procissão dos Passos na antiga Cidade. [13]

A procedência da escultura é desconhecida, no caixote constava somente a descrição: para São Cristóvão de Sergipe Del Rey (BRASIL, 2001; SANT’IAGO, 2009; SERGIPE, 1920). Esse fato é narrado por quase todos os depoentes na pesquisa de campo. O encontro da caixa feito por um pescador está presente na memória dos moradores mais antigos, sendo passada para a população mais jovem, ano após ano, sejam nos dias da festa ou durante todo o ano. Na pesquisa realizada pelo Iphan para levantar o histórico da peça, registra-se que após o achado, teve inicio, em 1855[14], a Festa de Passos.

No Brasil, principalmente na região nordeste, no século XVIII e XIX, a irmandade terceira carmelita foi responsável pelo culto público das cenas da Paixão, e, portanto, “[...] tiveram o privilégio da cerimônia da procissão do Senhor dos Passos [...]”, como explica Flexor (2003, p. 526) em sua pesquisa a documentos de fontes primárias[15]. Acredita-se que em São Cristóvão não foi diferente: esse fato pode justificar o ato do pescador em levar a escultura de roca para a Igreja do Carmo, visto que, a imagem representa Cristo ajoelhado, e desse modo, uma das cenas dos mistérios da Paixão [Figura 7].

Considerações Finais

Durante a Festa de Nosso Senhor dos Passos, ambas as imagens de Roca, representando Jesus e Nossa Senhora, atraem pessoas de vários locais para um auto dramático, barroco de rememoração da Via Dolorosa do Cristo, que sofreu à caminho da Cruz. A Praça São Francisco e todo o conjunto arquitetônico que a cerca, são testemunhas de uma das maiores manifestações de fé e devoção do povo sergipano.

A Procissão do Encontro se torna ainda mais realística e expressiva por parte da cena teatral dos últimos passos de Jesus, representado pelas suas imagens articuladas e vestidas. Durante um fim de semana, a cidade de São Cristóvão torna-se um cenário para relembrar os últimos dias de Cristo, mudando o cotidiano da população local, e trazendo visitantes de várias partes do estado e de outras regiões do Brasil.

Nesse contexto, as imagens de vestir, desde o século XVI até o momento presente, na cidade histórica de São Cristóvão, são objetos de referência para o culto público e católico. Além da função religiosa, são também objetos que criam vínculos sociais e de identidade, bens culturais (material e imaterial) e atrativos turísticos.

Referências bibliográficas

CAMPOS, Adalgisa Arantes. Semana Santa ontem e hoje em Minas Gerais: cultura artística e religiosa. AMADO, J. (Org.). In: História, cara e alma do Brasil.  Rio de Janeiro: Zahar, 2000.

______. Piedade barroca, obras artísticas e armações efêmeras: as irmandades do Senhor dos Passos em Minas Gerais. In: Anais do VI Colóquio Luso-Brasileiro de História da Arte. Rio de Janeiro: CBHA / PUC-Rio / UERJ / UFRJ. Vol. 1, 2004. p. 1-13. 

FLEXOR, Mª. Helena. M. O. Procissões na Bahia: teatro barroco a céu aberto. In: Actas do II Congresso Internacional do Barroco. Porto: Faculdade de Letras da Universidade do Porto, 2003. p. 521-534.

______. Imagens de roca e de vestir na Bahia. In: Revista Ohun, Salvador, UFBA, ano 2, nº 2, 2005. p. 165-184. 

MAUÉS, Renata de Fátima da Costa; HERRERA-ROMERO, Nireibi Deyanira; QUITES, Maria Regina Emery. Restauração de uma imagem articulada do Senhor dos Passos. In: Anais do IX Congresso da ABRACOR, Salvador, 1998. p. 48-51. 

OLIVEIRA, Myriam Andrade Ribeiro de. A imagem religiosa no Brasil. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo; Associação Brasil 500 Anos; 2000. Catálogo da Mostra do Redescobrimento: Arte Barroca. 

QUITES, Maria Regina Emery. A Imaginária processional em Minas Gerais e a sua conservação. In: Boletim do Centro de Estudos da Imaginária Brasileira. Belo Horizonte, v. 1, nº 05, 1997. p. 1-2. 

______. Imagens de vestir: revisão de conceitos através de estudo comparativo entre as ordens terceiras franciscanas do Brasil. Tese de Doutorado (Departamento de História do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas) - UNICAMP. Campinas, 2006. 

ORAZEM, Roberta Bacellar. Arte colonial sergipana: análise dos elementos artísticos das igrejas da Ordem Terceira e Conventual do Carmo em São Cristóvão/SE. Monografia (Licenciatura em Artes Visuais). São Cristóvão: UFS, 2006.

SANT’IAGO, Serafim. Annuario Christovense ou Cidade de São Cristóvão. São Cristóvão: UFS, 2009. 

Digital 

NUNES, Maria Tétis. A Cidade de São Cristóvão na Formação da História Sergipana: da Colônia a nossos dias. In: Proposição de inscrição da Praça São Francisco em São Cristóvão/SE na lista do patrimônio mundial. Aracaju: Secretaria do Estado da Infra-Estrutura, IPHAN, Prefeitura Municipal de São Cristóvão, 2007. CD-ROM.

QUITES, Maria Regina Emery. Imaginária Processional: Classificação e tipos de Articulações. In: Imagem Brasileira, CEIB, nº 1, 2007, Belo Horizonte. p. 90-94. CD-ROM.

Documental

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SERGIPE. Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe - IHGSE. Manuscritos, Fundo Serafim Sant’iago, 1920.

Internet

RABELO, Nancy Regina Mathias. Santos de vestir da Procissão das Cinzas do Rio de Janeiro - fisionomias da fé. 19&20, Rio de Janeiro, v. IV, n. 1, jan. 2009. Disponível em: <http://www.dezenovevinte.net/obras/imagens_nancy.htm>


[1] Mestre em Cultura e Turismo/Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC-Bahia). Técnico em Conservação de Bens Culturais Móveis e Integrados/Fundação de Arte de Ouro Preto - FAOP. E-mail: ivan_culturaeturismo@hotmail.com

[2] A União Ibérica durou 60 anos. Nesse período as monarquias de Portugal e Espanha tiveram como único soberano os reis Felipe II, Felipe III e Felipe IV.

[3] Ano da emancipação política da província de Sergipe Del Rey.

[4] Campos (2000, 2004), Flexor (2003, 2005), Oliveira (2000), Quites (1997, 2006, 2007), Rabelo (2009). 

[5] BAHIA. CONSTITUIÇÕES PRIMEIRAS DO ARCEBISPADO DA BAHIA, feitas, e ordenadas pelo Illustrissimo e Reverendissimo Senhor D. Sebastião Monteiro da Vide, 5o Arcebispo do dito Arcebispado, e do Conselho de Sua Magestade: propostas e aceitas em o Synodo Diocesano, que o dito Senhor celebrou em 12 de Junho do anno de 1707. S. Paulo: Typog. 2 de Dezembro de Antonio Louzada Antunes, 1853 (Impressas em Lisboa em 1719 e Coimbra em 1720). 

[6] Esse é momento representa uma das sete dores de Maria, originando a invocação denominada Nossa Senhora das Dores. Na sua iconografia, Nossa Senhora das Dores, é representada vestida de branco e roxo, com lenço em suas mãos e com sete espadas que transpassam o seu coração: a imagem de vestir da Festa de Passos é uma variação iconográfica de N. S. das Dores, visto que não possui as sete espadas. Pela semelhança da representação, em alguns estudos ela se confunde com Nossa Senhora da Soledade, sendo que esta invocação mariana reporta à cena de Maria aos pés da Cruz, onde Jesus já se encontra crucificado o que não é o caso da festa em São Cristóvão.  

[7] A Procissão do Encontro retrata a sua Quarta Dor. “O encontro desta Mãe com Seu Filho, carregando a cruz, no caminho para o calvário” (Lucas, 23, 26-27). 

[8] Depoimento concedido em 19/03/2011 na cidade de São Cristóvão. 

[9] Depoimento concedido em 20/03/2011 na cidade de São Cristóvão. 

[10] A cruz que permanece com a imagem no trono do altar mor é menor por questões espaciais.  

[11] Depoimento concedido em 19/03/2011 na cidade de São Cristóvão-Sergipe. 

[12] Datado de 1920, mas editado de forma impressa em 2009. 

[13] Na versão manuscrita, o documento pertence ao acervo do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe. Fundo Serafim Sant’iago, fl. 20, 1920. 

[14] Ano da transferência da capital de São Cristóvão para Aracaju.

[15] Em seu artigo (2003) a autora se referencia nas Constituições Primeiras do Arcebispado da Bahia para mencionar o culto e devoção de Senhor dos Passos ficava a cargo da Irmandade Carmelita.