Documentos sobre Rodolpho Amoêdo

transcrição de Márcia Valéria Teixeira Rosa

ROSA, Márcia Valéria Teixeira (org.). Documentos sobre Rodolpho Amoêdo. 19&20, Rio de Janeiro, v. IV, n.2, abr. 2009. Disponível em: <http://www.dezenovevinte.net/documentos/docs_ra.htm>.

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Apresentamos a transcrição de alguns documentos referentes ao pintor Rodolpho Amoêdo (1857-1941), como parte da pesquisa realizada para o Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Escola de Belas Artes da UFRJ, sob o título “A Formação e a Trajetória Artística de Rodolpho Amoêdo”.

A trajetória artística do pintor foi marcada pela excelência técnica desde seu ingresso na Academia Imperial de Belas Artes onde recebeu o Prêmio de Viagem ao exterior em 1878 com a obra “Sacrifício de Abel”, os envios obrigatórios durante o aperfeiçoamento na capital francesa onde executou obras de temática histórica, religiosa e mitológica e finalmente, a produção realizada no Brasil após seu retorno em 1887, destacando as pinturas decorativas em edifícios públicos na cidade do Rio de Janeiro.

Considerando o acervo do artista, o critério de escolha das obras priorizou as que predominavam a figura feminina. Neste sentido, o levantamento e posterior transcrição da documentação estava diretamente ligado a tais obras, a partir dos originais que se encontram nos Arquivos do Museu Nacional de Belas Artes e no Arquivo do Museu D. João VI, seguindo a ortografia original e numeração de cada instituição.

Os trechos transcritos estão em itálico e as observações, de autoria da pesquisadora, apresentam-se com a formatação padrão. Os trechos ilegíveis foram marcados entre colchetes. As reticências entre parênteses indicam trechos que não foram transcritos.

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Arquivo Histórico do Museu Nacional de Belas Artes

Encontra-se neste Arquivo a pasta no 38 contendo documentos referentes a Ofícios do pintor Rodolpho Amoêdo.

Catalogado n.1 (2 documentos):

Carta timbrada da “Legação Imperial do Brazil ao Exmo Snr Conselheiro Nicolao Tolentino, Director da Imperial Academia das Bellas Artes. Paris, 18 de novembro de 1879. Tenho a honra de participar a  V.Exa que por intermédio da Secretaria d' Estado dos Negócios Estrangeiros são remettidos a V.Exa um maço e um rolo contendo os trabalhos do pensionista do Estado Rodolpho Amoêdo, correspondentes ao 1o semestre da sua pensão”. Assinado Visconde de Itajubá.  Lido em sessão de 17 de [?] de 1879.

Carta de Rodolpho Amoêdo ao “Illmo Exmo Snr Cons Director Antonio Nicolao Tolentino, Director da Imperial Academia das Bellas Artes. Paris 16 de novembro de 1879. Tenho a honra de participar a V.Exa que na presente data  entreguei a Imperial Legação do Brazil, os trabalhos correspondentes ao primeiro semestre de minha pensão, de 15 de maio a 15 de novembro de 1879. Constando estes trabalhos de 5 accademias dezenhadas e trêz estudos pintados. Sendo ao todo, oito trabalhos”.  Assinado Rodolpho Amoêdo. Lido em sessão de 17 de [?] de 1879.

Catalogado n.2 (1 documento):

Carta de Rodolpho Amoêdo ao “Illmo Exmo Snr Consro Director da Imperial Academia das Bellas Artes, Antonio Nicolau Tolentino. Tenho a honra de participar a V.Ecia que já estão entregues à Imperial Legação os trabalhos que faltaram para - segundo as instrucções - completar a remessa, que me é exigida pela Academia, em meu primeiro anno. A saber: oito academias, uma cópia desegnada, e uma cabeça d'expressão. Mandando, na presente occasião, a copia, cinco academias e duas cabeças, ou estudos d'expressão; com o que já enviei, fazem as duas remessas o total dos trabalhos do primeiro anno, mais, quatro estudos de pintura e duas academias, as quais envio, somente por terem ellas sido feitas em concursos chamados de - classificação - e por ter eu logrado alcançar numeros mais elevados; no atelier que frequento”. Assinado Rodolpho Amoêdo. De Paris, 28 de junho de 1880. Lido em sessão de 9 de [?] de 1880.

Catalogado n.3 (3 documentos):

Carta da “Legação Imperial do Brazil. Paris, 17 de junho de 1880. Illmo Exmo Snr. Tenho a honra de participar a V.Exa que pelo paquete [...] é expedido com um volume contendo tres quadros a oleo e um rolo de desenhos, que o pensionista do Estado Rodolpho Amoêdo remette por intermedio desta Legação a vista do disposto pelo artigo 6o das Instrucções [...] ao Aviso de 4 de novembro de 1865. Deus Guarde a V.Exa. Ao Exmo Snr. Conselheiro Antonio Nicolao Tolentino Director da Academia Imperial de Bellas Artes”. Assinado Antonio de Araujo. Lido em sessão de 9 de [?] de 1880.

Carta da “Segunda Directoria da Secretaria de Estado dos Negocios do Imperio. Rio de Janeiro, 2 de setembro de 1880. Illmo Exmo Snr. De ordem de S.Exa o Snr Ministro do Império remetto a V.Exa uma caixa contendo tres quadros e um rôlo de desenhos enviados da Europa para essa Academia pelo pensionista do Estado Rodolpho Amoedo. Deus Guarde a V.Exa. Illmo e Exmo Snr. Director da Academia das Bellas Artes”. Assinada pelo Director, o Sub Director Antonio Augusto da Silva [?]. Lido em sessão de 9 de [?] de 1880.

Carta da “Segunda Directoria da Secretaria de Estado dos Negocios do Imperio. Rio de Janeiro, 19  de novembro de 1880.  Illmo e Exmo Snr.  De ordem de S.Exa o Snr Ministro e Secretario de Estado dos Negocios do Imperio accuso o recebimento do offício de 11 do corrente mez, com o qual  V.Exa enviou cópia do parecer da Secção de pintura dessa Academia, sobre os trabalhos apresentados pelo pensionista Rodolpho Amoêdo, que se acha na Europa. Deus Guarde a V.Exa . Illmo e Exmo Snr Director da Academia das Belas Artes. O Director Joaquim Pinto Netto Machado”.

Catalogado n.4 (2 documentos):

Parecer da Secção de Pintura da Academia das Bellas Artes. Tendo a Secção de Pintura examinado os trabalhos do 30 anno do pensionista do Estado Rodolpho Amoêdo, que se acha em Pariz, constantes de 3 quadros sendo -  uma figura de mulher, tamanho natural,  intitulada -  Marabá- , um tronco, também de mulher e um meio corpo de menina (costume de camponeza italiana). É de parecer: Quanto à -  Marabá - , ser uma figura bem composta, largamente feita e de colorido agradável, mas, quanto ao desenho, deixa ainda alguma cousa a  desejar; pois sendo esta qualidade estudada com cuidado desde a cabeça até a região peitoral, não acontece o mesmo d'esta região até ás pernas, que é um tanto descurada. No estudo do tronco de mulher, (de costas) foi o Snr. Amoêdo mais feliz tanto no desenho como no modelado. Quanto ao 30 e ultimo -  meio corpo de menina, (costume de camponeza italiana) - é este um estudo inteiramente differente dos dous primeiros; enquanto que aquelles são largamente feitos, este é minucioso e escrupulosamente desenhado. Isto porém só prova que o pensionista, ou ainda não fixou uma maneira, ou que é capaz de executar os seus trabalhos por mais de um modo. Em conclusão: julgando-se estes trabalhos de confronto com os da anterior remessa, é incontestavel que, o Snr Amoêdo vai satisfatoriamente progredindo nos seus estudos e por consequencia tornando-se cada vez mais digno de louvor e da proteção da nossa Academia e do Governo Imperial”. Rio de Janeiro, 15 de fevereiro de 1883.  Assinado por Zeferino da Costa e José de Medeiros. A terceira obra que Zeferino da Costa cita, com trajes de camponesa italiana, refere-se a “Amuada”. Lido em sessão de 15 de fevereiro de 1883.

Parecer da Secção de Pintura da Academia das Bellas Artes sobre os trabalhos do 30 anno do Pensionista do Estado Rodolpho Amoedo. Durante o anno de 1883.

Catalogado n.5 (1 documento):

Carta à “Segunda Directoria da Secretaria do Imperio. Ao Illm e Exmo Snr Director da Academia das Bellas Artes comprimenta o Director da 20 Directoria da Secretaria do Imperio e communica a S. Exa que nesta data se providencia afim de que seja despachado na Alfandega da Côrte e enviado para a mesma Academia um caixote contendo um quadro remettido pelo pensionista do Estado Rodolpho Amoedo”. Datada de 27 de julho de 1883. Não é citado o título do quadro.

Catalogado n.6 (5 documentos):

Carta timbrada “Segunda Directoria Ministerio dos Negócios do Império. Rio de Janeiro 17 de junho de 1885.  Illmo Exmo Snr. Attendendo ao que V.Exinformou em officio de 14 de novembro do anno passado de acôrdo com a Congregação dessa Academia tendo resolvido conceder ao pensionista Rodolpho Amoedo a quantia de 6523fr,50, que pede, como auxílio, para (?) ás despezas extraordinarias com a execcução do quadro representando 'Jesus Christo em Capharnaum'. Na presente data requisito do Ministerio da Fazenda à expedição das ordens necessárias para que na Delegacia do Thesouro Nacional em Londres seja posta á disposição do Enviado Extraordinario e Ministro Plenipotenciario do Brazil em Pariz, a fim de ser entregue ao mesmo pensionista, a quantia correspondente a dois contos de réis (2.000$000), e no exercício proximo futuro providenciarei sobre a entrega da que falta a fim de perfazer a de 6523fr, 50”.  Deus Guarde a V.Exa. (?). Director da Academia das Bellas Artes”. Lido na sessão de 18 de julho de 1885.

Ao Illmo Exmo Snr Cons Antonio Nicolao Tolentino. Director da Imperial Academia das Bellas Artes. Rezumo do orçamento para a execcução do quadro representando Jesus em Capharnaum. Despezas de modellos e vestuarios - 2,000 francos; Atelier (aluguel por dous annos) - 3,000 frs; Moldura com a largura de 30 cm -1,325 frs; Téla e grade 3 m, 50 + 4 m, 50 c - 198 fr, 50 c ; Total 6,523 fr, 50c . Paris, 1o de agosto de 1884.  Nota neste orçamento só figuram as grandes [grifo do autor] despezas de material. R Amoêdo, pencionista do Estado”.

Informação sobre o requerimento de Rodolpho Amoêdo, datado de Paris 3 de março de 1886, cujo aprendizado (de 7 annos) terminará a 14 de agosto, pedindo prorrogação por mais um anno, afim de acabar o seu quadro 'Jesus Christo em Capharnaum' e expol-o no Salão de Paris de 1887”.

A tardia realização da  1a prestação concedida ao supplicante para execução do trabalho que tinha de desempenhar prejudicou em grande parte esse trabalho não deixando o supplicante delle se pudesse opportunamente occupar-se. E não podendo esta falta ser-lhe imputada, parece de equidade o benigno deferimento do seu pedido. Academia das Bellas Artes. 12 de abril de 1886.  Tolentino.

Requerimento de Luiz Carlos Amoêdo, pae do pensionista Rodolpho Amoêdo, pedindo para seu filho o pagamento da 2a prestação das despesas [...] com a execução do quadro 'Jesus Christo em Capharnaum' de que só recebi 2.000/ 000”. Paris, 17 de junho de 1885; sendo o total daquellas despesas - francos 6523,50.

A vista do que ocorrea sobre o primeiro pagamento da prestação concedida a este Pensionista parece attendivel a pretenção sujeita. Academia das Bellas Artes 12 de abril de 1886, Tolentino”.

Pedido “o requerimento do pensionista Rodolpho Amoêdo, que se acha em Paris estudando sob as lições do professor Alexandre Cabanel com que me foi comunicado [...] de 30 de setembro ultimo, dignou-se V.Excia [...] por 2 annos o tempo de aprendisado na Europa o dito pensionista, a fim de executar o quadro de grande machina, cujo esboceto enviará á Academia”. Cita as despesas “extraordinarias que não cabem nos limites de sua pensão”. Menciona que remeteu o orçamento destas despesas que somam 6.523,50 francos que a Congregação achou razoável por compreender 2 anos de aluguel do atelier, considerando as dimensões do quadro, também “incluída a respectiva moldura”; despesas com modelos, roupagens; tela que mede 3,50 x 4,50. “A moldura é um complemento indispensável do painel, e sem ella não será ella recebida na exposição de Paris.” [...] Pede em nome da Congregação dos professores que conceda ao pensionista o pedido auxilio já que o artista pediu a prorrogação de sua pensão. Acrescenta que a quantia pedida poderá “sem inconveniente” ser dividida em 2 prestações, 1 imediata e outra em julho. Pedido a Cons Filippe ... , Secretaria do Estado dos Negocios do Imperio.

Carta de Rodolpho Amoêdo ao Conselheiro Antonio Nicolau Tolentino , “pencionista da Academia das Bellas Artes” datado Paris 15 de julho de 1884, para prorrogação de sua pensão por 2 anos em função da execução de quadro de grande máquina, “Jesus em Capharnaum” enviando nesta data respectivo esboceto. Cita as instruções dos pensionistas datadas de 04 de novembro de 1864, remetendo documentos junto com os trabalhos que tem enviado, “justificando a sua pretenção.  Rodolpho Amoêdo”. Lido em sessão de 13 de setembro de 1884. 

Catalogado n.7 (2 documentos):

Parecer datado de 3 de fevereiro de 1888 dos últimos trabalhos do pensionista Rodolpho Amoêdo - que desde o concurso ao Prêmio de Viagem em 1878 “revelou disposição e talento fora de comum a ponto de lhe ser discernido o prêmio 'viagem', vem hoje a esta Academia, de volta dessas terras tão bem fadadas para a arte, um artista completamente feito e com as provas que attestão o seu estudo, a sua applicação e o seu saber. Nem eu podia esperar menos, de quem tão exuberantemente satisfez o programma de estudos que esta Academia exige dos seus pensionistas na Europa, assignalando sempre de trabalho a trabalho um progresso na arte que estudava e fechando com uma verdadeira chave de ouro, esse período de estudos como pensionista da Academia”. E continua os elogios, particularmente sobre a obra 'Jesus em Cafarnaum': “Depois da 'Primeira Missa' nunca pensionista da Europa nos mandou trabalho de tamanho fôlego e tanto merecimento”. Assinado José Maria de Medeiros.

Illmo Exmo Snr Cons Director O abaixo assignado, Professor Honorario daSecção de Pintura daAcademia imperial das Belas Artes, actualmente em exercicio” foi interpretado pelo Secretario em Sessão do dia 3 do corrente, sobre Parecer relativo aos últimos trabalhos do Pensionista do Estado Rodolpho Amoêdo. Não foi apresentado nesta sessão o Parecer da Comissão, “que deve necessariamente ter prejudicado o Pensionista”. Analisa dois quadros de Amoêdo, “Jesus Cristo em Cafarnaum” e “Narração de Filetas”, - “porque, está certo que proficientemente á este respeito devia ter-se occupado no seu attestado o Distincto Professor Snr Cabanel, que guiou o Pensionista em seus estudos na Europa; professor que, tanto no genero, como na sua escola, é reputado um dos melhores artistas da França.” Entre os dois quadros citados, Zeferino escolhe “Narração de Filetas”. “Não entra nesta preferencia sympathia alguma sobre o assumpto; simplesmente por ser o - Narração de Philetas - tratado melhor em todos os seus requisitos. Ambos os quadros têm qualidades bôas, como não estão isentos de defeitos”. Zeferino compara as figuras dos dois quadros com as figuras das remessas anteriores, sendo “mais consciencioso o estudo destas do que daquellas; já em desenho, no colorido, como também no modelado”, por exemplo: - A Marabá, ou mesmo o pedaço superior do tronco, inclusive a cabeça, daquella figura de mulher - em repouso - são estudos muito aproveitados”. Compara os trabalhos de Amoêdo desde o Prêmio de Viagem, considerando “as dificuldades das obras de arte” de acordo com os “assumptos complicados e grandiosos

Parecer datado Rio de Janeiro, 18 de fevereiro de 1888: “[...] se se nota nos seus quadros a falta de individualidade que tanto distingue as obras dos artistas, sendo de suppôr que só a sujeição dos preceitos do Mestre que o guiou será devida essa falta, não quer isso dizer que d'ora em diante livre como deve considerar-se o ex-Pensionista, não procurará imprimir em suas obras esse cunho que é, um dos principaes objectivos do artista”. Assinado J. Zeferino da Costa. Lido em sessão de 18 de fevereiro de 1888.

Catalogado n.8 (2 documentos):

2a Directoria. Ministerio dos Negocios do Imperio. RJ, 3 de janeiro de 1889. Declaro a V.Sa., em additamento ao meu aviso de 21 de agosto do anno findo, que na presente data requisito ao Ministerio da Fazenda a expedição de ordem para que se pague ao professor dessa Academia Rodolpho Amoêdo a quantia de quatro contos de réis (4: 000$000), importancia da segunda e ultima prestação da somma de 5:000$000, por que o dito professor cedeu á mesma Academia o quadro de sua composição intitulado "A Narração de Philetas", ao qual se refere o officio dessa Directoria de 21 de fevereiro ultimo. Deus guarde a V.Sa. Ass Jose Fernandes da Costa ? Junior. Sr Director interino da Academia das Bellas Artes”. Lido em sessão de 16 de fevereiro de 1889.

2a Directoria. Ministerio dos Negocios do Imperio. Rio de Janeiro, 21 de ago de 1888. Communico a V.Sa., para os devidos effeitos e afim de o fazer constar ao interessado, que na presente data requisito ao Ministerio da Fazenda a expedição de ordem para que se pague ao professor dessa Academia Rodolpho Amoêdo a quantia de um conto de réis (1:000$000), importancia da primeira prestação da somma por que o dito professor cedeu á mesma Academia o quadro de sua composição intitulado “A Narração de Philetas”, ao qual se refere o officio dessa Directoria de 21 de fevereiro ultimo. Deus guarde a V.Sa. Jose Fernandes da Costa [?] Junior Sr Director interino da Academia das Belas Artes”. Lido em sessão de 29 de agosto de 1888

Catalogado n.9 (1 documento):

Secretaria do Estado dos Negocios da Instrucção Pública, datado de Capital Federal, 27 de maio de 1890. “Requerimento de Rodolpho Amoedo pedindo ser elliminado do quadro dos Professores Honorarios da Academia das Bellas Artes. Ao Sr Director da Academia de Bellas Artes, para que, de ordem do Sm Ministro se sirva informar”. Recebido em 30 de maio de 1890.

Catalogado n.10 (1 documento)

Carta ao “Exmo Sr Professor Rodolpho Bernardelli Director da Escola Nacional de Bellas. Havendo necessidade de eleger-se a Comissão que deve organizar a exposição que annualmente faz a Associação de Aquarellistas, venho, ainda uma vez, pedir uma das salas da Escola N. de Bellas Artes, para nella effetuar-se a reunião indispensável.

Antecipando o agradecimento da Associação de Aquarellistas e esperando lhe não recuseis tão valiozo serviço, subescrevo-me, com toda a consideração e protestos de mui elevada estima.” Assinado Rodolpho Amoêdo. Prezidente da Associação de Aquarellistas. Datado, Rio, 6 de junho de 1905.

Catalogado n.14 (1 documento):

Carta ao “Exmo Sr Director da Escola de Bellas Artes. A vista da competente autorisação do artista abaixo mencionado pode fazer a reproducção dos quadros, dos quais deverá entregar 1 exemplar a esta escola. Assinado Prof  Rodolpho Bernardelli.

Laudelino Freire requer se digne V.Exa conceder-lhe permissão para tirar a reproducção photographica dos quadros do professor Rodolpho Amoedo, existentes nesse estabelecimento. O supplicante junta a necessaria auctorisação. P. deferimento. Rio, 28 de maio de 1914. Assinado Laudelino Freire.

Autorizo a Snr. Antonio Luiz Ferreira a reproduzir pela photographia os quadros de minha lavra existentes nas Galerias da Escola Nacional de Bellas Artes. Rio 28 de maio de 1914. Profsor. Rodolpho Amoêdo.” 

Catalogado n.16 (1 documento):

Catálogo da Primeira Exposição de Desenhos a Penna na Galeria Jorge. Rio de Janeiro, 1917. Obras que Amoêdo expôs: “Retrato”, “Retrato de A. Ramalho”, “Risonha”, “Despertar”, “Ao piano”, “Em visita”, “Decepção”, “Lôla”, “Vaso chinez”, “Nu”, estudo para uma figura da “Fortuna”, “Hespanhola”, estudo para o quadro “Juventude”, estudo de “Nu”. No alto da página está inscrito: “Amoêdo (Rodolpho) Buenos Aires, 144”.

Catalogado n.17 (1 documento):

Carta timbrada do “Ministerio da Justiça e Negocios Interiores. Comissão Executiva do Centenário da Independência. Escriptorio Official. Bibliotheca Nacional. Avenida Rio Branco. Secção de Bellas Artes. Rio de Janeiro, 17 de março de 1922.

Illmo. Snr. Prof. Rodolpho Amoedo. A Comissão Executiva do Centenário da Independência do Brasil, por sua Secção de Bellas Artes, vem convidar-vos para concorrerdes á Exposição de Arte Contemporanea, esperando que pelo vosso amor á Grande Pátria e á Arte, não falteis a este appello, de cujo concurso poder-se-ha avaliar o gráo de desenvolvimento a que chegou a nossa educação artistico-intellectual. Outro sim, a Comissão Executiva, organisando a Exposição de Arte Retrospectiva, solicíta de vós e vosso valioso concurso no sentido de enviardes ou fazerdes com amigos vossos, possuidores de collecções, enviem a essa Exposição obras de arte que estejam dentro do programa que, juntamente com esta vos remetto. Saude e Fraternidade. J Baptista da Costa. Director da Secção de Bellas Artes”.

Catalogado n.20 (1 documento):

Relatório das atividades da Comissão incumbida de avaliar o acervo artístico do Professor Rodolpho Amoêdo, afim de ser o mesmo adquirido pelo Governo Federal, conforme despacho do Sr. Presidente da República de 7-5-1941”. Neste relatório encontram-se ao todo 156 obras listadas. Assinado: Presidente da Comissão Oswaldo Teixeira, demais membros Augusto Bracet, Peregrino Junior e Armando Martins Viana; Ministro da Educação e Saúde, Gustavo Capanema. “Adquirido como parte do espólio R. Amoêdo em setembro de 1941 mediante pensão de 2:000$000 mensais em benefício da viúva”.

Catalogado n.24 (1 documento):

Catálogo da Primeira Exposição realizada em 01 de julho de 1903, pela Associação de Aquarelistas. Amoêdo é apresentado como professor de pintura na Escola Nacional de Belas Artes - Rua do Payssandu 57. Obras que Amoêdo expôs: aquarela, “Marinha” (Ponta do Flamengo), “Paineira em flor” (Vargem Alegre), “Canto de Jardim”, “Interior” (Cadeira Veneziana), “Interior” (Vaso com Begonia), “Dominó”, “Preludiando”, “Tormento”, “Fim da Praia do Flamengo”, “Jardim Botânico”; guache, “Villegaigon”, “Entardecer”, “Convalescente”.

Documentação avulsa

APO 709-1: Diploma da Caixa Beneficente Theatral, reconhecendo Rodolpho Amoêdo sócio desta instituição. Rio, 19 de abril de 1897. Assinatura: [?] (Presidente), Adolpho de Faria (Primeiro Secretário) e José Sebastião da Silveira (Thesoureiro).

APO 709-2: Cópia do desenho do diploma da Caixa Beneficente Theatral

APO 709-3: Associação do Quarto Centenário do Descobrimento do Brasil, confere a Amoêdo o diploma de sócio fundador effectivo. Assinatura: Franklin Ramiz Galvão (Presidente), Oscar Varady (Secretário), Julio Cesar Silveira (Thesoureiro). Rio de Janeiro, 3 de maio de 1900.

APO 709-4: Desenho para o Programa de Ópera, realizada em  21 [?] de 1888.

APO 709-5: Cartão postal enviado a Amoêdo por [?], endereçado à Galeria Rembrandt, Rua Gonçalves Dias

APO 709-6: Capa de “Retrato de Mme T. Obra assinada Rio, 1901”

APO 709-7: Resumo do currículo feito por Amoêdo: “Natural da Capital Federal”; alumno da Escola de Bellas em Paris, discípulo de Alexandre Cabanel e Puvis de Chavannes; Professor Honorário da IABA em 1889, medalha na Exposição de Chicago (1893); Grande Prêmio na Exposição Nacional de 1908; medalha de Honra na Exposição Geral de Bellas Artes de 1917; Professor Honorário da Escola N. de Bellas Artes; Professor de Pintura na ma [?] Retrato do professor Girardet, pintura à óleo”. Rio de Janeiro, 31 de julho de 1919. Assinado por Rodolpho Amoêdo. 144 rua B. Aires (20 andar)

APO 709-8: Listas de preços da XXX Exposição Geral de Bellas Artes, 1923. (10 doc).

APO 71: Foto de uma casa com um casal na varanda.

APO 710: Foto da casa onde Amoêdo nasceu na Bahia.

APO 712-38: Original de O Jornal. Rio de Janeiro, 20 de junho de 1926. e Original de jornal A Noite. Rio de Janeiro, 30 de maio de 1941.

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Arquivo Histórico do Museu D. João VI

Encontram-se neste Arquivo documentos referentes a Ofícios do pintor Rodolpho Amoêdo.

Catalogado n.509 (1 documento):

Assentamento de casamento de Rodolpho Amoêdo. Documentos probatorios civis. Eu Antonio Ayres Tavares de Pinho, Prior da Igreja de Santa Justa de Lisboa abaixo assignado: Certifico que as folhas cento e [?] d'um livro do registro dos casamentos d'esta freguesia está o assento do termo seguinte: Aos quatro dias do mes de fevereiro do anno de mil oitocentos e noventa e um, pelas des horas da manha, n'esta parochial Igreja de Santa Justa de Lisboa, compareceram Rodolpho Amoêdo, parochiano da freguesia dos maryres d'esta cidade, e Adelaide Moraes, parochiana [?] Santissimo Sacramento tambem d'esta cidade, ambos solteiros, aquelle de trinta e tres annos d'idade, natural da freguesia de São Pedro, o velho, da Bahia, e filho de Luis Carlos Amoêdo e de Dona Leolinda Amalia Amoêdo, e esta de vinte annos d'idade, natural da Freguesia de Nossa Senhora dos Remedios da Cidade francisco Loanda, e filha de Francisco Pereira de Moraes e de Anna Carolina Adelaide de Moraes, pela informação das testemunhas abaixo nomeadas e no fim d'este termo assignado, reconheco pelos proprios. E, appresentan do-me elles uma [?] de Sua Imminencia o Senhor Cardeal Patriarcha de Lisboa, assignada pelo seu excellentissimo e reverendissimo e vigario geral, o Senhor Arcebispo de Mytiline e um alvara do reverendissimo Juiz dos Casamentos, permissão e alvara que me autorizaram assistir á celebração do seu casamento n'esta minha igreja independentemente de proclamas e ficam no archivo d'esta Igreja, ahi, perante mim e destas testemunhas, prestado a ela nubente por seu mencionado pae para com o nubente poder celebrar matrimonio, tambem eles nubentes prestaram o seu mutuo consentimento, e por palavras de presente, na [?]. Concilio Prudentino e constituição d'este patriarchado, te receberam por marido e mulher, e eu os uni em matrimonio, procedendo um texto este ato segundo o rito da santa Madre Igreja Catholica e Apostolica romana, sendo testemunhas presentes João Meira da Silva, Consul Geral do Brasil [?] na de Portugal [?] um numero trinta e tres, freguesia dos Martyres, e Francisco Jose dos Santos Chaves Junior inspetor da [?] Naval [?] , e [?] na Travessa da [?] em numero, cite, primeiro andar, freguesia de Sao Jose. E para constar [?] este assento, que, depois de lido e contendo perante os nubentes, pae da nubente, e testemunhas, um [?] assigna [?] supra. O Prior Antonio Ayres Tavares de Pinho, Rodolpho Amoedo. Adelaide Moraes. Francisco Pereira de Moraes. Jãao Meira a Silva. Francisco Jose dos Santos Chaves Junior. é o que contem o deste assento, que bem e [?] aqui copiei do proprio livro, a que em meu poder me represento.  I. Justa de La 4 de fevereiro de 1891. Ass Antonio Ayres Tavares de Pinho.

Catalogado n.3711 (1 documento):

Capital Federal, 2 de maio de 1890. Cidadão, Não me convindo continuar na regencia interina da cadeira de Desenho e pintura de Paisagem, flôres e animaes da Academia das Bellas Artes, peço me considereis dispensado desse encargo: o que vos communico para os devidos effeitos. Saude e Fraternidade. Ao (?) Dr. Ernesto Gomes Moreira Maia, Director da Academia das Bellas Artes. Prof. Rodolpho Amoêdo.

Catalogado n.3713 (1 documento):

O Governo Provisorio da República resolve nomear o cidadão Rodolpho Amoêdo afim de exercer interinamente, com o vencimento que lhe competir, o logar de Professor da aula de trabalhos graphicos do 2o anno do curso de sciencias physicas e naturaes da Escola Polytechnica. Rio de Janeiro, 31 de dezembro de 1889. Manoel Teodoro da [?].” No verso: “Tomou posse e entrou no exercicio interino do lugar, para que foi nomeado por esta Portaria, nesta data. Escola Polytechnica, sete de janeiro de mil e oitocentos e noventa. [?] Director. Registrado a fls 104 [?] do livro 1o de registro de titulos.  Escola Polytechnica, 7 de janeiro de 1890. Horacio de Magalhães. Na 3a [?] do This [Tesouro] Nal [Nacional] fez [?] assentam to em 16 de janeiro de 1890.”  Assinatura  ilegível.

Catalogado n.3715 (2 documentos):

Programma da aula de Pintura Historica para ser submettido á approvação da congregação (Arto 36 dos Estatutos) -1a Turma- Arto 1o Estudos de natureza morta, gesso e modelo vivo. - Provas de concurso no fim do anno - Uma cabeça d'expressão e um esboceto de composição, devendo o assumpto escolhido ser diverso do da 2a turma. -2a Turma- Arto 1o Modelo vivo para estudo quotidiano. 2o Uma cabeça d'expressão em cada mez, devendo a sua execução, não exceder de quatro sessões seguidas. 3o As duas sessões, que sobrarem da semana em que se executar a cabeça d'expressão, serão utilisadas em bosquejos de movimentos, com o mesmo modelo ou com qualquer outro. 4o No fim do primeiro semestre; executar-se-ha um tronco de 'tamanho natural', pintado em duas semanas seguidas. - Provas de concurso- Uma Academia pintada, em tela No 60 executada em duas semanas de modelo e mais um esboceto de composição, que será executado d'entro d'um prazo opportunamente fixado e de accordo com o assumpto escolhido. - Disposições Geraes - Nos de mais estudos os alumnos das duas turmas trabalharão juntos. - Estudo de Composição - Alem das provas já mencionadas, cada alumno deverá a presentar, pelo menos, um esboceto por semana. Rio de Janeiro 7 de abril de 88. Rodolpho Amoêdo.” Lido em sessão de 10 [?] de 1888.

O outro documento tem o mesmo conteúdo, mudando apenas a disposição dos itens na folha, com o seguinte cabeçalho: “Academia das Bellas Artes . Aula de Pintura Historica. Programma de ensino.

Catalogado n.3717 (1 documento):

Minuta de Ofício do diretor da AIBA ao Ministro do Império, informa que a Congregação dos Professor aprovou a solicitação (em sessão de 18 de fevereiro) feita em requerimento pelo pensionista Rodolpho Amoêdo para aquisição de seu quadro representando “Narração de Filetas” para galeria da Academia datado 21 de fevereiro de 1888. “O quadro tem verdadeiro merito como obra de arte, [...], desde que se trata de trabalho de merecimento, produzido por um artista brasileiro, filho d'esta Academia”. Assinado Barão de Cotegipe.

Catalogado n.3733 (2 documentos):

Minuta e cópia de Ofício da AIBA ao Ministro do Império, informando sua conclusão do concurso para o Prêmio de Primeira Ordem, com o parecer da Comissão julgadora do concurso formada pelo Corpo acadêmico que julgou pelo empate, e que pelo voto de qualidade, a decisão recaiu sobre o quadro de Rodolpho Amoêdo sendo o outro trabalho do aluno Henrique Bernardelli, concorrendo à mesma graça. Atento a essas circunstâncias solicita também para o segundo colocado para subvencionar este pensionato. datado de 8 de novembro de 1878. “Se verificou então ser do alumno Rodolpho Amoedo, pintor histórico”. Cabe ao autor decisão “pelo voto de qualidade” entre os dois candidatos; prazo de estada na Europa de 5 anos; 1855 [?] ate 7 anos [?]. “Assim pois, se V. Exc se dignar attender que este pedido da Academia não importa excessos da respectiva verba da lei, ao passo que é um grande serviço ao desenvolvimento da instrução no ramo das bellas - artes no Brasil,....” Dr Carlos Leoncio de Carvalho Ministro Secretario de Estado dos Negócios do Império.

Illmo Exm [?] Tenho a honra de levar ao conhecimento de VExcia  que havendo-se concluido o concurso para o prêmio de 1a ordem, e reunindo-se o Corpo Acadêmico afim de proceder ao competente julgamento, foi a respectiva Comissão especial de parecer que entre dous dos tres concurrentes era tal a igualdade [?] merecimento nas provas produzidas, que, não sabendo esta a qual dos dous devesse com justiça dar a preferência, propunha que a ambos os seus autores fosse conferido o prêmio do Concurso. Convences-se o Corpo Academico, examinando os trabalhos do fundamento do juizo da Comissão; mas apesar de reconhecer o critério com que havia esta obrado, entendes todavia indispensavel sujeitar á votação qual dos dous devia ser o preferido; resultou [?] o empate, e cabendo-me a decisão pelo voto de qualidade, recahio esse no quadro n0 2, que se verificou então ser do alumno Rodolpho Amoedo, pintor histórico. Nessa mesma occasião se ficou sabendo que pertencia o outro trabalho do alumno Henrique Bernardelli, também pintor histórico. Desempenhando por esta forma o Corpo Academico o seu dever, deliberou contudo, ao apresentar a VExcia o nome d'aquele primeiro concurrente, solicitar também para o segundo, attentas as occorridas circunstancias, e o seu louvável procedimento escolar, a mesma graça para aquel'outro impetrada.”

Catalogado n.3735 (2 documentos):

Communico a VSa, em resposta ao seu officio de 9 do corrente, que na presente data dirijo Aviso ao Ministerio dos Negocios da Fazenda não só para que ao alumno [?] Academia Rodolpho Amoedo, escolhido a fim de, na qualidade de pensionista do Estado, ir estudar na Europa durante cinco annos, dos quaes os tres primeiros em Pariz, se entregue no Thesouro Nacional a quantia de 875fr000, sendo 575fr000, importancia de um trimestre da pensão annual de 2:300fr000, contado do dia 15 do dito mez em que tem de partir, e 300fr000, da ajuda de custo destinada ás respectivas despezas de viagem; mas também para que, por intermedio da Delegacia do mesmo Thesouro em Londres, se lhe pague na mencionada Capital, em prestações adiantadas, a pensão correspondente aos demais trimestres, enquanto se conservar alli.

Dirijo outrosim Aviso a enviado extraordinario e Ministro Plenipotenciario do Brazil em Pariz a fim de prestar toda a coadjuvação ao referido alumno, observadas as Instrucções de 4 de novembro de 1865. Deus guarde a VSa Carlos Leoncio de Carvalho”. Lido em sessão de 13 de maio 79.

Catalogado n.3808 (1 documento):

Minuta em francês do Ofício do Secretário da AIBA ao Diretor da École Speciale des Beaux Arts apresentando Rodolpho Amoêdo, pensionista da Academia  Assinado pelo Diretor João Maximiano Mafra, sem data.

Ofício à Instituto de France ao Senhor Cabanel, apresentando o jovem aluno da Academia a continuar em Paris seus estudos de pintura histórica. Assinado  pelo Diretor J. M. Mafra.

Catalogado n.3830 (1 documento):

Requerimento de Rodolpho Amoêdo ao Diretor e Membros da Congregação da Academia das Bellas Artes solicitando sua inscrição no concurso ao Prêmio de 1a Ordem, informando ter sido premiado. 22 agosto 1878. “Rodolpho Amoêdo, alunno matriculado nas aulas de Pintura historica”.

Catalogado n.3835: (3 documentos)

Datado de Rio de Janeiro, 24 de fevereiro de 1880: Minuta de Ofício do Secretário da AIBA ao Rodolpho Amoêdo remetendo “cópia do parecer da Secção de Pintura sobre os seus estudos do 1o semestre do 1o anno de sua pensão, approvado em sessão de Congregação (de Professores) a 16 do corrente. Outro-sim lhe comunico que foi designado o Tronco de Pagnest

, que existe no edifício da Escola de Bellas Artes de Paris, [...] sua cópia do 1o ano, na forma do Artigo 5o (parágrafo) 1o das Instruções de 4 de [?] de 1865. Deus  (guarde) V.Ecia  . Ilm S. Rodolpho Amoêdo pensionista do Estado”. Assinado por J.M. Mafra, Secretário.

Datado de Rio de Janeiro, 14 de [?] de 1884: Minuta de Ofício do Secretário da AIBA da “ordem do Sr Cons. Director tenho a honra de passar às mãos a V.S., cópia do parecer da Secção de Pintura approvado em sessão da Congregação dos Professores, de 9 de [?] sobre os seus trabalhos correspondentes ao 2o semestre do 1o anno de sua pensão. Deus guarde V. S. Ilm Sr. Rodolpho Amoêdo pensionista do Estado ”. Assinado por J. M. Mafra, Secretário.

Datado de Rio de Janeiro, 30 de janeiro de 1882: Minuta de Ofício do Secretário da AIBA “da ordem do Sr Conselheiro Director remette incluso a V.S. cópia do 'parecer' de Secção de Pintura sobre os seus trabalhos do 2o anno, o qual foi unanimamente approvado pela Congregação dos Professores, em sessão de 16 de dezembro [?] passado. Deus (guarde) V. S. Ilm Sr. Rodolpho Amoêdo Pensionista do Estado em Paris”. Assinado por J. M. Mafra, Secretário.

Catalogado n.3839: (1 documento)

Minuta de Ofício do Diretor da AIBA ao Ministro do Império comunicando o término do prazo de pensão do pensionista Rodolpho Amoêdo, que requereu prorrogação dela por dois anos, conforme Artigo 9o das Instruções de 4 de novembro de 1865 e a aprovação da Congregação de Professores sobre tal requerimento com o parecer da Seção de Pintura sobre o mesmo “afim de executar um quadro de grande machina cujo esbocêto enviou á Academia”. 15 de setembro de 1884

Reunida a Congregação dos Professores em sessão de sabbado 13 do corrente apresentando requerimento do referido pensionista e o 'parecer' da Sessão de Pintura sobre o dito esbocêto” e trabalhos enviados por ele neste mês, “approvou ella unanimamente o citado 'parecer' de que remetto copia a Rodolfo Amoedo, e julgou, também por unanimidade de [...] , que aquelle pensionista é merecedor da graça que requer, não só pelos progressos que tem feito, nunca desmentidos, desde que d'apres partio, como pelo seo criterioso comportamento.

Apresenta ao Senador Cons. Felipe Franco de Sá, Ministro dos Negócios do Império, a resolução da Congregação [...], “devo acrescentar que julgo da maior conveniência prolongar o tempo de aprendisado na Europa áquelles pensionistas que, como Rodolpho Amoêdo, não afrouxam nos estudos, nem estacam em seo progressivo adiantamentos, afim de robustecerem o seo talento de modo a poderem resistir, na volta á Patria, á indifferença do paiz para tudo o que concerne a bellas-artes e á falta  de atentado meio artístico o qual entre nós é quasi nullo, e ainda mal, apenas se manifesta nos sentimentos do ciúme da profissão, que frequentemente trasem por cortejo a diffamação e a calumnia.” Assinado por A. N. Tolentino.