Resumo: Considerado dos grandes colecionadores cariocas e brasileiros de sua época, foi contemporâneo e concorrente de cavalheiros como Guilherme Guinle e Alfredo Ferreira Lage. Apaixonado pelas artes como outros colecionadores lendários precedentes, seu franco interesse nas artes plásticas brasileiras e pelos objetos relacionados à nossa História resultou numa coleção mais homogênea que outras contemporâneas à sua por conta da clareza, persistência e organização com que se empenhou a reunir pratarias, objetos, mobiliário, pintura e desenhos. Djalma da Fonseca Hermes sempre se interessou pelo Brasil pela arte brasileira e, no momento em que quase todos se voltam para a cidade-capital para trazer a ela do exterior o que na Europa era moda, Djalma trabalhava no sentido inverso, ao vasculhar e garimpar o que era brasileiro no exterior para incorporar à sua coleção no Rio de Janeiro. Isso é o que nos mostram as peças reunidas para esse Leilão, com 1072 lotes dos quais mais de 400 foram adquiridos diretamente pelo governo Vargas para o Museu Imperial de Petrópolis, Museu Histórico e para a Galeria do Palácio Guanabara. As temáticas, as escolhas do colecionador e do governo acabaram por se constituir facetas relevantes para observar o mercado de artes brasileiras na década de 1940.
Apesar da importância da coleção, da dimensão nacionalista e da cultura de nosso colecionador, Djalma da Fonseca Hermes é um personagem desconhecido no Rio de Janeiro do sec. XXI.
Palavras-Chave: Colecionador; Coleção de objetos de arte; Djalma da Fonseca Hermes; Leilão.