Angela Ancora da Luz (EBA/UFRJ; CBHA)
Resumo: O ano de 1951 pode ser pensado como o marco da Arte Moderna e Contemporânea no Brasil, pelas exposições de grande porte que foram realizadas no Rio de Janeiro e São Paulo.
O Salão Nacional de Arte Moderna, no Rio de Janeiro, credenciou artistas que se libertaram da clausura do Salão Nacional de Belas Artes e, ávidos pelas poéticas modernas, foram em busca das novas linguagens inerentes a um salão moderno. A Bienal Internacional de S. Paulo, que pode ser considerada a primeira grande exposição de arte moderna e contemporânea realizada fora do circuito cultural dos centros norte-americanos e europeus proclamou o advento de um novo tempo em solo brasileiro.
As fronteiras destes espaços nos dois principais pólos de criação brasileira, S. Paulo e Rio de Janeiro, tornam-se tênues, como se houvesse a continuidade de um no outro. A discussão destas interfaces esclarece, em parte, o desafio da instauração das poéticas contemporâneas no Brasil e nos ajuda a refletir sobre o assunto.