Caminhos
trançados: a cidade de Belém e as exposições de arte no entresséculos
Moema Alves *
ALVES, Moema. Caminhos trançados: a cidade de Belém e
as exposições de arte no entresséculos. 19&20, Rio de
Janeiro, v. VIII, n. 2, jul./dez. 2013. Disponível em:
<http://www.dezenovevinte.net/arte%20decorativa/belem_exposicoes.htm>.
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Belém foi erigida às margens da Baía do Guajará no começo do século
XVII, com casas coladas umas nas outras, de forma a constituir um bloqueio a
quem tentasse entrar pelo rio; foi concebida, portanto, como uma cidade
fortaleza. A Belém colonial foi traçada com ruas estreitas, largos em frente aos
edifícios religiosos, lotes também estreitos e com ocupação total - ou seja,
sem recuo frontal ou afastamento lateral -, e predomínio de casas térreas. Foi
na virada para o século XIX, mais precisamente em 1803, que o alagado do Piri foi drenado e aterrado, ocasionando
certa mudança na estrutura da urbe. Supera-se então uma barreira natural
e, com isso, o traçado da cidade e, consequentemente, sua vivência, são redesenhados. É a partir daí que se interligam por via
terrestre as freguesias da Sé com a da Nossa Senhora da Campina e se prolonga a
cidade para além desses dois sítios.
No decorrer do século XIX, várias lutas são travadas. Processos de
independência e república, além, é claro, do movimento
cabano, que durou cinco anos e acabou por obrigar a recuperação das edificações
de Belém, após os confrontos. Naturalmente, todas essas disputas foram sentidas
também pela urbe. Paralelo a isso tudo, as mudanças de olhares e necessidades
influenciam nas formas de morar, ocupar e perceber a cidade. E se esta vai se
modificando e se recriando é porque novas necessidades vão surgindo e, ao mesmo
tempo, a partir dessas mudanças, as atividades que compõem essa sociedade vão
se realojando e se readaptando na nova configuração.
Já no contexto da Belle Époque, que nos interessa aqui mais de
perto, temos a reordenação do espaço urbano. Nesse período, há o crescimento do
cultivo e exportaçãoda borracha, e, com isso, aumenta
o fluxo de trocas com os centros internacionais e muitos costumes europeus
passam a ser observados no cotidiano de capitais como Belém e Manaus. A elite
regional passa a ser influenciada por elementos da cultura burguesa[1].
Além de uma cobrança pela civilidade de costumes, a elite paraense igualmente
cobra a modernização desses centros urbanos, que recebem grandes investimentos
por parte dos governantes.
Mexe-se no calçamento das ruas, novas vias são abertas, se tornando mais
largas, ganham vez os bulevares e as avenidas, reestruturam-se praças,
arboriza-se o centro da cidade de forma ordenada, mudam-se os nomes das ruas[2].
As áreas mais centrais deixam de ser majoritariamente residenciais e passam a
abrigar as atividades comerciais, fazendo com que as famílias se mudem para
pontos mais afastados. É quando temos a intensificação das rocinhas -
casas avarandadas construídas no centro dos terrenos e com grande presença de
plantas -, que desde o começo do século vinham sendo erigidas como “casas de
recreio” e deram origem aos atuais bairros de Nazaré, Umarizal e Batista
Campos.
O núcleo inicial da cidade, portanto, ganha cada vez mais aspectos de
bairros comerciais, principalmente o bairro da Campina[3].
E é tão forte sua associação com a atividade comercial, que ainda hoje ele é
conhecido e referido como o “bairro do Comércio”. Campina, sua denominação,
quase não se ouve nas ruas de Belém.
Em meio a todo esse processo, estava também a arte, uma vez que o estudo
e apreciação das chamadas Belas Artes eram vistos como fundamentais para o
progresso moral e econômico de um povo. Em um período em que as coleções
começavam a se organizar no Brasil, com o intuito de instruir e educar a
sociedade, em um tempo em que a compreensão do mundo passava a ser mais pela
visão, a linguagem das exposições se tornava cada vez mais frequente e
necessária[4].
Como até meados do século XX Belém não irá contar com uma galeria
específica para o comércio de arte[5], as exposições artísticas eram os espaços
por excelência onde se travavam as relações entre oferta e procura pelas obras.
As exposições eram, então, os principais meios de divulgação do objeto
artístico, bem como dos artistas que o produzem. As obras circulavam a partir
delas e relações - não só comerciais, mas também sociais - são travadas nos
locais das exposições.
Na falta de lugares especializados para a arte, em um primeiro momento,
as exposições individuais e coletivas foram se organizando em vitrines e no
interior de lojas de joias, sapatos, tecidos, livrarias ou mesmo na casa dos
artistas. Era uma forma, portanto, de não deixar de exibir, divulgar e
comercializar as obras. Por cederem seu espaço ou organizarem mostras, e pelo
fato de atingirem um público diversificado, as casas comerciais se tornaram
espaços importantes para a difusão da arte.
E é justamente no referido bairro da Campina que se concentravam as
lojas que serviram também de local para exposições. Dentre as suas ruas,
destacamos a Conselheiro João Alfredo por concentrar maior número de
estabelecimentos comerciais que se propuseram a ser
lugares de exibição e negociação de quadros.
Na João Alfredo - como é popularmente conhecida a rua - há ainda hoje
uma edificação de dois pavimentos com arquitetura mourisca [Figura 1][6].
Este prédio abrigou a Livraria Universal Tavares Cardoso[7],
que durante muito tempo realizou exposições, como a do pintor italiano Domenico
De Angelis, em 1888; a do espanhol Francisco Estrada, em 1908; a do
pintor russo Demetrio Ribcowsky
em 1910, ou a do retrato de Floriano Peixoto feito pelo professor de Dresde,
Martin Schumam, em 1912[8].
Estrada, inclusive, foi um dos pintores que mais circulou com suas obras
entre os estabelecimentos comerciais. Em 1897 expos na Fotografia Fidanza; em 1899 na loja Paris N’América [Figura 2],
famosa loja de tecidos que ainda persiste com essa mesma função; e em 1897,
1900, 1907 na Loja Filial. O pintor expôs ainda em sua residência, no
ano de 1900, e, em 1911, no Teatro da Paz.
A mencionada Loja Filial, localizada na Rua João Alfredo, recebeu
várias exposições, das quais cito as da aquarelista francesa Louise Blaise, em 1900 e em 1902; do paraense Francisco Escobar de
Almeida em 1901; a exposição coletiva de José Girad[9],
Maurice Blaise[10]
e Roberto Colin[11] em 1903; e a
do pintor paraense Theodoro Braga em 1907. Já a Fotografia Fidanza, que também ficava nesta rua, recebeu a
exposição do pintor maranhense Luiz Luz em 1884, além de montar suas próprias
mostras com quadros de diversos artistas estrangeiros adquiridos pelos donos do
estabelecimento para exposição e venda.
Vemos, portanto, ao listar algumas exposições que aconteceram em
diferentes estabelecimentos de uma única rua, que as exibições artísticas não
só eram frequentes em Belém, mas também diversificadas.
Ainda na Campina, outros estabelecimentos serviram de local para
exposições, como é o caso da citada Paris N’América, na Rua Santo
Antônio, e da loja de instrumentos musicais, Mina Musical [Figura 3],
que se situava na Praça Visconde do Rio Branco e que abrigou a exposição da
pintora e escultora paraense Julieta
de França em 1898.
Em 1905, após sua segunda reforma - no entanto, a primeira iniciada no
período republicano - o Teatro da Paz volta a abrir suas portas [Figura 4].
Apenas um mês depois de sua reinauguração o pintor fluminense Antônio
Parreiras, àquela altura já famoso paisagista,
realiza uma grande exposição no foyer do teatro [Figura 5].
A partir de então, esse espaço fica estabelecido como local de exposições. Todavia
não é por isso que deixam de acontecer exposições nos outros tipos de locais -
apenas se cria outra opção. Bem mais "badalada", é verdade, com
melhores condições de alojamento e possibilidade de receber mais obras e
público.
Por ser um prédio público, as exposições passam a acontecer com
incentivo do governo, esse podendo ser manifestado apenas pelo franqueamento do espaço ou pelo custo total que cabia a uma
exposição. Contudo, por mais que o espaço fosse de tutela do governo do Estado,
a intendência municipal também se utilizava dele para realizar suas exposições.
Além do espaço arejado e amplo, seu salão nobre contava com todo o
requinte necessário a eventos de maior porte. A partir dessa nova opção, mais
exposições puderam ser montadas e com uma organização diferente do espaço das
lojas, dos ateliês e mesmo das escolas[12]. Seu espaço
permitia, por exemplo, que se montassem as Exposições Escolares de Desenho e
Pintura[13] com trabalhos de alunos da capital e do
interior, de instituições públicas e privadas.
O Teatro da Paz passou a ser, então, a vitrine das exposições. As
maiores mostras passaram a ocorrer nesse espaço. Ali expuseram Oscar
Pereira da Silva, João Baptista da Costa, Carlos Custódio de Azevedo,
Theodoro Braga, Aurélio de Figueiredo e tantos outros.
A forma de montar as exposições variava de acordo com as condições dos
locais e novas exigências do público e dos próprios artistas e críticos. A
historiadora da arte Martha Ward diz que o ideal das exposições privadas passou
a representar um refúgio para uma apreciação estética que acabou se afastando
do comércio de arte. Independente do fato da mostra ser voltada para a venda de
obras ou não, criar um ambiente não comercial se tornou importante, o que
acabou levando a uma preocupação com as instalações das exposições, fazendo com
que elas se distinguissem das salas empilhadas de pinturas ou de mercadorias
distintas, como nas Exposições Universais[14].
Naturalmente esse processo foi sentido em diferentes momentos na Europa
e no Brasil, mas, o que podemos ver nas exposições em Belém é que o final do
século XIX e início do XX marcou a especialização das mostras de pintura e de estabelecimento
de um mercado de obras de arte.
Para visualizar a movimentação dessas mostras na cidade, que tal
recorrer a um mapa de Belém em 1919 [Mapa 1]? Nele estão salientados os principais pontos
onde ocorriam as exposições. Por ele vemos tudo o que falamos a respeito das
mudanças ocorridas no desenho da urbe: em um ponto do mapa, o traçado das ruas
estreitas, típicas das cidades coloniais, onde passa a se concentrar o comércio
e, em outro ponto, os quarteirões maiores e grandes avenidas. Nessa área
relativamente nova naquele momento, moraram muitos artistas que também
utilizavam o espaço de sua casa ou atelier para exibir e comercializar suas
obras. Assim sendo, se na virada do século as famílias passam a residir em
locais mais distantes do centro comercial, isso implica em um deslocamento dos
locais onde ocorriam as mostras quando se trata de residências. Mas, comentemos
o mapa abaixo:
Mapa de Belém (adaptado)
Fonte: BRAGA, Theodoro. Noções
de Corographia do Estado do Pará.
Belém: Empreza Graphica Amazônia, 1919.
● A Rua Conselheiro João Alfredo com sua Livraria
Universal, Fotografia Fidanza e a Loja
Filial está marcada de verde musgo;
● A Rua 13 de Maio, onde se encontrava o Club Euterpe,
originalmente sociedade recreativa e musical, mas que foi se diversificando em
atividades culturais e que em 1900 montou uma mostra com quadros de artistas de
diversas escolas europeias, está marcada com verde
mais claro;
● A Travessa Campos Sales, onde ficava a
Biblioteca e Arquivo Público do Pará[15], que em 1907
recebeu a exposição de Francisco Aurélio de Figueiredo; em 1909 a exposição de
Felix Aparício Acevedo[16]
e uma exposição de retratos; assim como a exposição do pintor carioca Oscar
Pereira da Silva em 1910, está marcada de verde
fluorescente;
● A Praça Visconde do Rio Branco, próxima à Loja Paris
N'América, era onde ficava a Loja Mina Musical e está em laranja;
● O Liceu Paraense (Atual Colégio Paes de Carvalho), onde montou-se, por exemplo, a Exposição Artística e Industrial
do Liceu Benjamin Constant em 1895 e 1900, e a exposição póstuma do pintor
paraense João Gomes Corrêa de Farias em 1898; está em amarelo;
● O Teatro da Paz, que abrigou as maiores exposições individuais,
assim como os salões organizados pelos artistas e as exposições organizadas
pelo governo (fossem de trabalhos dos alunos da escolas
do Estado, fossem salões), se localiza em pela Praça da República - que em
outros tempos se chamava Largo da Pólvora - e está sob a marcação em azul;
● A Avenida São Jerônimo (hoje Governador José Malcher),
onde morou e expôs o casal Maurice e Louise Blaise,
está em vermelho;
● A Avenida Independência (hoje Avenida Nazaré), onde morou e
expôs Francisco Estrada, está.em
laranja mais claro.
Simbolicamente, o Teatro da Paz - uma construção imperial, modificada em
seus ornamentos e apropriada como símbolo republicano - está no centro de tudo
isso: entre o comércio e as residências, entre o antigo traçado da cidade e o
novo, entre diferentes formas de expor.
Essa busca de lugar para expor e a saída pelos estabelecimentos
comerciais, ateliês, teatros e escolas, foi uma solução comum em várias cidades
brasileiras. A falta de galerias para comercialização de obras de arte e de
museus para sua exibição fez com que esses lugares da arte, do visual, de
mercado e até mesmo de instrução fossem improvisados. É uma luta constante: de
um lado, as exposições se adaptando aos espaços que a cidade oferece; de outro,
esta se organizando para a realização dessas mostras.
As exposições de arte pleitearam espaços físicos e de reconhecimento,
tiveram que se adaptar a locais, mas também buscaram melhorar suas instalações.
Sem depender completamente das iniciativas do poder público, os artistas
procuraram parcerias com estabelecimentos comerciais particulares, usaram suas
próprias residências e ateliês, estabeleceram contatos com a imprensa e com
outros artistas, enfim, garantiram a viabilidade das mostras.
Toda essa busca por espaço acompanhou as mudanças pelas quais Belém passava, sejam elas simbólicas, de costumes ou
físicas. Paralelamente, ao proporcionar diferentes opções de lugares para
exposição, a cidade também estava se adaptando a mais uma necessidade. A cidade
muda, cresce, encontra novos desafios, se depara com novas carências, adota
novos padrões, e não só as expressões artísticas, mas também as exposições de
arte, participam diretamente desse percurso. Todo esse
processo de adaptação acabou por proporcionar não apenas um grande número de
exposições em Belém, mas, principalmente, um circuito expositivo rico e
diversificado em locais e formas de mostrar a arte.
Referências bibliográficas
ALVES, Moema de Bacelar. Do Lyceu ao Foyer:
exposição de arte e gosto no Pará da virada do século XIX para o século XX.
Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal Fluminense, Instituto de Ciências
Humanas e Filosofia, Departamento de História, 2013. 190 f.
BARBUY, Heloisa. O Brasil vai a Paris em 1889: um lugar na Exposição
Universal. Anais do Museu Paulista, São Paulo. N. Sér. v.4 p.211-61
jan./dez. 1996.
BRAGA, Theodoro. Noções de Corographia do
Estado do Pará. Belém: Empreza Graphica Amazônia, 1919.
COELHO, Geraldo Mártires. Anteato da Belle Époque: imagens e imaginação
de Paris na Amazônia de 1850. Revista de Cultura do Pará, Belém, v. 16,
n. 2, pp.199-215, jul/dez de 2005.
D'ALMEIDA, José Maria; LACERDA, Araújo Corrêa de. Dicionário da
língua portuguesa para uso dos portugueses e brasileiros. Lisboa:
Escritório de Francisco Arthur da Silva, 1859.
FIGUEIREDO, Candido de. Novo dicionário da língua portuguesa. Lisboa:
Livraria Editora Tavares Cardoso e Irmão., 1899. 2 v.
ROQUETE, J. I.. Diccionário
da língua portuguesa de José da Fonseca. Paris-Lisboa: Livrarias Aillaud e Bertrand, 1848. Edição aumentada.
WARD, Martha. Impressionist
Installations and Private Exhibitions. The Art Bulletin, Vol. 73, No. 4 (Dec., 1991), pp. 599-622.
_________________________
* Formada em História pela Universidade Federal do Pará,
especialista em Patrimônio Cultural pelo Fórum Landi/UFPA, mestre em História
Social pela Universidade Federal Fluminense com apoio da CAPES/REUNI.
[1] COELHO, Geraldo
Mártires. Anteato da Belle Époque: imagens e imaginação de Paris na Amazônia de
1850. Revista de Cultura do Pará, Belém, v. 16, n. 2, pp.199-215, jul/dez de 2005. p. 200.
[2] Ao se traçar a
cidade, os nomes das vias eram sempre associados às suas direções, ou aos
prédios importantes que se alojavam nela, às personalidades que ali habitavam,
ou até ao ofício predominante de seus moradores. Com a República, essas
atribuições foram modificadas. As ruas passaram prioritariamente a homenagear
personalidades ou datas escolhidas pelas autoridades locais para se perpetuar
na história.
[3] Antiga freguesia de
Nossa Senhora da Campina.
[4] BARBUY, Heloisa. O
Brasil vai a Paris em 1889: um lugar na Exposição Universal. Anais do Museu
Paulista. São Paulo. N. Sér.
v.4 p.211-61 jan./dez. 1996. p. 212.
[5] Quando utilizo o
termo "galeria" me refiro ao espaço destinado a expor e comercializar
obras de arte, no entanto, o mesmo termo no século XIX se referia a caminhos
subterrâneos a lanços de edifícios cobertos e espaçosos. Apenas no início do
século XX, na língua portuguesa, encontramos como definição primeira a
definição de lugar em que se guardam quadros e estátuas "dispostos
artisticamente". Cf. ROQUETE, J. I.. Diccionário da língua portuguesa
de José da Fonseca. Paris-Lisboa: Livrarias Aillaud e Bertrand,
1848. Edição aumentada.; D'ALMEIDA, José Maria;
LACERDA, Araújo Corrêa de. Dicionário da língua portuguesa para uso dos
portugueses e brasileiros. Lisboa: Escritório de
Francisco Arthur da Silva, 1859.; FIGUEIREDO, Candido
de. Novo dicionário da língua portuguesa. Lisboa: Livraria Editora
Tavares Cardoso e Irmão., 1899. 2
v..
[6] Que possui
elementos da arquitetura desenvolvida pelos árabes na Península Ibérica.
[7] A Livraria
Universal dos Tavares Cardoso era uma das principais livrarias da cidade,
comercializando livros e artigos para escritório, além de oferecer o serviço de
tipografia.
[8] Para maiores
informações sobre essas e outras exposições de Belém de entresséculos:
ALVES, Moema de Bacelar. Do Lyceu ao Foyer: exposição de arte
e gosto no Pará da virada do século XIX para o século XX. Dissertação
(Mestrado) - Universidade Federal Fluminense, Instituto de Ciências Humanas e
Filosofia, Departamento de História, 2013. 190 f.
[9] Fotógrafo e pintor
paraense.
[10] Pintor francês,
marido de Louise Blaise.
[11] Pintor paraense que
não teve grande destaque em sua carreira.
[12] Ao me referir à
escola aqui, falo especificamente do edifício do Liceu Paraense, que abrigava o
Liceu de Benjamin Constant (de Artes e Ofícios) e as exposições que este foi
responsável.
[13] As exposições
escolares foram instituídas no governo de João Coelho (1909-1912). Quando
termina o mandato deste elas são suspensas, voltando
quando Lauro Sodré reassume o governo do Estado em 1917.
[14]
WARD, Martha.
Impressionist
Installations and Private Exhibitions. The Art
Bulletin, Vol. 73, No. 4 (Dec., 1991), pp. 599-622. Disponível em: <http://www.jstor.org/stable/3045832>. Acesso em: 08 nov.
2012.
[15] O Arquivo Público
do Estado do Pará ainda está localizado no mesmo prédio à Travessa
Campos Sales, mas a biblioteca pública foi desvinculada em 1896 e hoje
faz parte da Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves, sob o nome de Biblioteca
Pública Arthur Vianna.
[16] Theodoro Braga se refere ao pintor como colombiano.
Já o periódico O Jornal se
refere a ele como venezuelano.