19&20       
Volume IV, número 3julho 2009.......................................ISSN 1981-030X...

                   

 

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Expediente

 

DezenoveVinte

 

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Editorial

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Tema recorrente em 19&20 é a constituição, na arte brasileira, de identidades visuais capazes de sintetizar a nação: essa foi uma questão das mais prementes em nossa arte, desde pelo menos o primeiro período imperial, e conheceu, a partir de então, soluções das mais diversas. Os esforços de Jean-Baptiste Debret nesse sentido constituem o tema do artigo de abertura da atual edição da revista, no qual Anderson Ricardo Trevisan analisa quatro obras do conhecido artista francês. Mas o prestígio dos símbolos identitários forjados no início do Império, também por outros integrantes da chamada Missão Artística francesa, tem repercussões até os dias de hoje, como postula Rosana Costa Ramalho de Castro, ao se referir, por exemplo, à sua utilização em cortejos alegóricos de Carnaval ou em objetos utilitários contemporâneos.
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Já um outro grupo de textos do presente número de 19&20 analisa, sob seus diferentes aspectos, a formação artística no Brasil. O estudo dos pareceres de Rui Barbosa feito por Felipe Freitas de Souza, por exemplo, indica o quanto o ensino do desenho nas escolas primárias estava relacionado, no pensamento do célebre intelectual e estadista, ao desenvolvimento da  indústria brasileira; já o artigo de Dilberto de Assis, tratando da formação profissional dos serralheiros e ferreiros na Bahia oitocentista, igualmente proporciona um melhor entendimento da cultura artesanal no Brasil; por fim, o texto de Ivan Coelho de Sá aborda um ensino artístico mais especializado, aquele desenvolvido dentro da Academia/Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro, no qual o estudo a partir da figura humana teve, segundo o autor, um papel fundamental no processo de renovação estética da instituição.
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A seção Obras traz ainda um artigo de Maria do Carmo Couto da Silva, dedicado à obra escultórica de Rodolpho Bernardelli, que elucida aspectos do posicionamento artistico e da poética pessoal do escultor, e um texto de Tatiana Fecchio C. Gonçalves, onde as pontes entre artes plásticas e literatura são percorridas através da análise da representação da loucura nas obras de Machado de Assis e de Candido Portinari. Na seção Arquitetura e Artes Decorativas, Ruth Nina Vieira Ferreira Levy analisa o emprego de tipologias compositivas, tendo como objeto de estudo a arquitetura das Exposições, como aquelas realizadas no Rio de Janeiro em 1908 e 1922.
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A atual edição se encerra com o fac-simile de A Mascara do Riso - Ensaios de Anato-Phisiologia Artistica, obra do multifacetado Raul Pederneiras, que exemplifica bem como o antigo tópico da fisiologia das paixões, importante nos debates artísticos ocidentais desde a Antiguidade, se perpetuou e foi resignificado na arte da Primeira República brasileira.
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Arthur Valle
Camila Dazzi
Editores
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